As eleições de 2016 podem nos trazer muitas surpresas desastrosas se
não começarmos a pensar no problema já, afirma Jair Nunes de Souza
Prefeito de Caraguatatuba no período de 1983 a 1988, quando
os mandatos políticos municipais eram de oito anos, o engenheiro Jair Nunes de
Souza hoje se dedica a ensinar matemática particular aos seus alunos e a
escrever uma coluna na Revista da Cidade/Caraguá, editada
bimestralmente pelo jornalista Roberto Espíndola.
Na edição deste mês, março de 2014, Jair Nunes abordou um
tema polêmico na cidade: quem irá suceder a Antonio Carlos da Silva, nosso
atual prefeito? Um assunto polêmico, porque muitos desejam ser indicados pelo
atual mandatário, que não pode mais concorrer à reeleição por estar no segundo
mandato contínuo, mas ninguém ainda sabe o nome daquele que irá cair nas graças
de Antonio Carlos.
De fato. Muitos intimamente acalentam sonho de receber o
apoio do atual prefeito, considerando isto vitória na certa, já que o atual
mandatário tem uma expressiva força política, capaz de esmagar eventuais
adversários nas urnas. Dizem que o médico Marcelo Ugatti só não será o próximo
prefeito se não quiser, por se tratar de sangue novo e nome sem vícios
políticos. Mas o doutor Marcelo não confirma sua candidatura, bom mineiro que é,
e sempre apresenta evasivas quando lhe falam do assunto.
Analisando o quadro político que se apresenta, o ex-prefeito
Jair Nunes de Souza faz uma avaliação sombria e indaga: onde
estão as nossas lideranças? Ele afirma ser preocupante o esvaziamento político
em Caraguatatuba e diz que a carência de lideranças é total. “Não existem
líderes com destaque, que por sua vida pública tenham penetração popular”,
arremata.
Segundo Jair, os secretários municipais ocupam o cargo por
períodos de curta duração e se sucedem sem qualquer destaque em seu trabalho,
parecendo apenas troca de favores políticos, sem preocupação com a qualificação
profissional. O secretário, por sua vez, não tem qualquer comprometimento com a
vida e o desenvolvimento do município.
Quanto à Câmara Municipal, de onde poderia vir o próximo
prefeito, Jair diz que ela é composta por cidadãos que mal conseguem ter
penetração em seu pequeno eleitorado, sem nenhuma ação de destaque em benefício
da comunidade. Considera mesmo difícil a sucessão do prefeito Antonio Carlos,
pelo ritmo que ele impôs ao seu próprio trabalho, uma dinâmica incapaz de
encontrar alguém à altura ao menos para mantê-la em termos do progresso e da qualidade
de vida já conquistados.
Para o ex-prefeito Jair, “o amanhã” é um problema mais sério
do que se imagina, que não pode ser deixado para ser resolvido às vésperas das
próximas eleições municipais. Ele deixa a dica: “Aqueles que se interessam pela
vida política do município precisam começar a pensar no assunto, elaborando
projetos, e já”.
Jair conclui: “Fica o alerta. As eleições de 2016 podem nos
trazer muitas surpresas e, infelizmente, desastrosas, se não começarmos a
pensar no problema já”.
Caraguablog
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