O projeto do contorno
viário da Nova Tamoios, em São Sebastião, litoral norte de São Paulo, teve
alterações nesta semana.
As mudanças vão permitir reduzir o número de desapropriações
pelo empreendimento. Essa é a terceira vez que o traçado é modificado.
Moradores do município criticaram o projeto da rodovia numa
audiência pública realizada no início do mês.
O prefeito Ernane Primazzi (PSC) chegou a negar a emissão da
licença de uso do solo para a Dersa, órgão responsável pela obra. O documento
essencial no processo de licenciamento ambiental do Estado.
De acordo com o prefeito, a nova proposta é mais viável e
terá menor impacto social. Segundo ele, o número de famílias que terá de deixar
seus imóveis representa 10% do que era estimado no primeiro traçado.
"Chegou a ser cogitado que mais de 800 famílias seriam
realojadas ou desapropriadas. Agora, serão pouco mais de 80. Infelizmente não
dá para zerar esse número, mas melhorou muito", afirmou.
O traçado do novo projeto foi protocolado na Prefeitura de
São Sebastião na quarta-feira, quando o prefeito se reuniu com representantes
da Transpetro, no Rio de Janeiro, para discutir o tema. A proposta alternativa
do município seria transferir parte da rodovia, no bairro da Topolândia, para
uma área da estatal.
Segundo a Prefeitura de São Sebastião, a Transpetro informou
que o projeto é viável. Será liberada uma área com 15 metros de largura para a
construção de parte do contorno sul. As pistas estarão sobrepostas por
viadutos.
Para o presidente da Dersa, Laurence Casagrande Lourenço, o
que facilitou as modificações foi o acordo entre a Transpetro e a Prefeitura de
São Sebastião. Segundo ele, a mudança mais radical será na Topolândia.
Outra alteração ocorrerá no bairro do Jaraguá, onde a pista
terá um recuo e vai passar mais próxima da serra.
No Morro do Abrigo não houve alterações estruturais.
Moradores que se sintam prejudicados com a obra e estejam num raio de até 25
quilômetros do viaduto terão a opção de desapropriação. Lourenço diz que firmou
um compromisso com o prefeito de São Sebastião para que ele emita na próxima
segunda-feira a liberação do uso do solo. Para ele, o processo agora seguirá os
trâmites normais e deverá sair do papel até janeiro de 2014.
Procurada para comentar o assunto, a Transpetro informou,
por meio de sua assessoria de comunicação, que ainda não vai se
manifestar.
Folhapress –
Por Ricardo Hiar
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