O texto abaixo veio de um leitor do Caraguablog. Por acharmos pertinente, estamos reproduzindo, e o mesmo faremos com textos de opiniões divergentes que sejam encaminhados a este espaço eletrônico. Envie-nos a sua opinião e participe do debate:
A notícia da renúncia do prefeito Antônio Carlos na quinta-feira, 17 de dezembro de 2015, poderia ter caído como uma bomba por sobre as cabeças dos pobres mortais que compõem a urbe caraguatatubense. Poderia, não fossem as circunstâncias.
O prefeito já fez isso no ano
passado [2014], também no mês de abril. Anunciou que iria pendurar as chuteiras e
depois acabou voltando atrás e decidiu ficar. Ninguém entendeu nada, as
explicações não foram convincentes. O que rolou, de fato, talvez nunca se
saiba.
Pressão política para
receber as atenções do governador Geraldo Alckmin? Talvez, sim; talvez, não.
Agora, a decisão da
renúncia volta à baila, anunciando um novo “abril de despedida”. Contudo, pela
experiência, é bom que se tenha cautela, muita cautela. Novamente, o cordeiro
pode estar anunciando a presença de um lobo que não existe.
Acreditando no que via na
imprensa, o então presidente da Câmara Neto Bota, entusiasmado com a ideia de virar
prefeito meio que no tapetão, acabou se queimando e teve de amargar a
recomendação seca de Antônio Carlos: guarde o seu terno, pois não será desta
vez.
Que motivações teria o
comandante-em-chefe da cidade para atirar-se às águas, abandonando o barco? As
declarações de “é processo, é não sei o quê, uma série de coisas que fica
difícil você tocar... não é fácil” soam como frases perdidas e vagas de
conteúdo, mais ainda de satisfações aos eleitores.
Se é verdade que todo
homem ambiciona o poder, fica complicado de entender como que alguém, tendo-o sob
seu domínio, precipite-se em abrir mão de situação tão cobiçada. Há de existir
um motivo muito forte para isso e ninguém espera do alcaide uma reedição do “diga
ao povo que fico”.
A questão, por sua gravidade,
não permite que tudo volte a ficar no dito pelo não dito. A cidade pára com um simples anúncio desta natureza. A
classe política local entra em parafuso, principalmente às vésperas de uma
eleição para a escolha dos novos mandatários dos poderes municipais.
Os funcionários de seu staff, encarregados de implementar as políticas públicas, ficam perdidos e não
sabem se vão ou se ficam em meio às muitas indagações; o trabalho entra em
compasso de “descompasso”; a marcha desacelera diante das indefinições, ainda
que o sucessor prometa não tocar nos rumos já traçados.
Não resta dúvida que a
troca de comando a esta altura do campeonato será prejudicial aos interesses o
município. Não foi bom quando a Câmara resolveu cassar o então prefeito José
Bourabeby e de nada adiantou os vereadores “se arrependerem” em seguida, pois a
caca já estava feita.
A substituição não foi bom
no passado e certamente também não será bom agora. Pelo sim, pelo não, é aconselhável
que o presidente Chininha deixe para expor o seu terno aos raios solares
somente quando tiver em mãos um documento de renúncia escrito, assinado, datado e lido
em sessão.
Jorge Domingues Dilausi
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FUI...
SERÁ QUE FUI?
NÃO FUI - FIQUEI...
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