sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Placas erradas causam vergonha e caiçaras pedem desculpas ao turista


Adriana Medeiros Aragoni mandou uma carta para a Globo, que foi publicada no G1, que traz notícias de nossa região.

Na carta, ela demonstra indignação a respeito de uma placa contendo erros de grafia, colocada em letras garrafais bem à entrada da cidade, na rodovia dos Tamoios, ao lado da Polícia Rodoviária.

A placa, com o propósito de saudar os visitantes, simplesmente deseja “Sejam Bem Vindo”, em lugar de “Sejam Bem-Vindos”. O erro de grafia salta aos olhos e revela a fragilidade da pública administração em suas comunicações com os seus administrados e turistas.

Isso denotaria a falta de bons profissionais? É possível, principalmente porque a resposta dada pela prefeitura foi de que “não tinha percebido o erro”, prometendo corrigir, com todos os custos que coisas dessa natureza trazem ao bolso do contribuinte.

Não é de hoje que placas contendo erros são vistas pela cidade. Claro, esta noticiada pelo G1 chamou mais à atenção, pois foi colocada bem ao lado de uma movimentada rodovia e em letras enormes. Que julgamento as pessoas minimamente letradas fizeram e ainda fazem de nós, a partir dessa constatação, nunca saberemos, o que em nada diminui a nossa vergonha.
Há vários anos, o Caraguablog já chamou a atenção para uma placa contendo erros de grafia instalada na movimentadíssima e badaladíssima avenida da praia (que a assessoria grafa Avenida da Praia, como se fosse nome próprio), e depois replicadas em outros locais quando se tratava de prestar a mesma indicação.

Conforme mostra a foto, a placa traz “Massaguaçú” com um acento para indicar a sílaba tônica que nunca existiu. Sabe-se que não se acentuam as oxítonas terminados em “u” ou em “i” quando não precedidas de vogal. Logo, a grafia correta seria “Massaguaçu”, sem acento no “u”.

Na mesma placa ainda há outro erro de mesma natureza. A palavra “Mocóca” foi grafada com acento. Só que não existe esse tipo de acento para indicar a paroxítona, não se tratando aqui de nenhuma exceção à regra. Assim, escreve-se “Mococa” e não “Mocóca”.

Os erros se repetem pelas placas espalhadas pela cidade que têm por objetivo prestar a mesma informação. Estamos falando apenas de algumas. Uma análise mais detalhada, certamente, irá apontar muitas outras, o que não é nada confortável e nos deixa perplexos diante da população e de nossos visitantes, pelo juízo que farão de nós.

Este estado de coisas tem solução? Evidente, que sim. Se a assessoria está encontrando dificuldades para administrar a questão, é só contratar um professor de português para fazer um “bico” na prefeitura, numa mesinha simples, sem computador, apenas com caneta bem vermelha, para avaliar as provas de todas as placas que se pretendam instalar pela cidade.

Só assim o caiçara deixará de sentir vergonha e ter de pedir desculpas aos turistas pelos erros de grafia encontrados nas placas que se fazem espalhar pela nossa querida Caraguá.

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