Vara curta
Mario
Prata, o escritor, conta a origem da expressão “cutucar a onça com a vara
curta”. Ele se refere a Dom João VI, famoso pelo pequeno pênis, que volta e
meia atiçava a sua fogosa esposa Dona Carlota Joaquina –conhecida como “onça”
pela criadagem– e depois não aguentava o tranco. O fato faz lembrar um antigo
morador do Porto Novo, Deolindo Santana, que vivia a assediar moçoilas e depois
virava chacota por na hora “h” apresentar um ínfimo predicado sexual.
Mal de Deolindo
Deolindo
Santana, contam os mais antigos, chegou a ser objeto de pesquisas médicas, que
perscrutavam a causa do atrofiamento peniano. Os estudos ganharam foros
internacionais e a Síndrome do Pequeno Pênis, ou SPP, passou também a ser
conhecida de Mal de Deolindo, em homenagem ao nosso conterrâneo da zona Sul. O
fato, claro, não deve ter agradado em nada aos machões Santanas e Pimentas que
na época viviam por aquelas paragens. São passagens históricas que não podem
ser esquecidas.
Governador-cidadão
Nada
contra a nossa distinta casa legislativa, reinterpretando o próprio regimento,
fazer a entrega títulos já escorridos. Nesse sentido, bem que seria oportuno
entregar também o título do governador Geraldinho, ainda moscando nas
prateleiras. Afinal, ele nos deu a duplicação da Tamoios, obras do contorno e
liberação do Hospital Regional. Cesteiro que faz um cesto, já disse alguém, faz
um cento; e se tiver bambu e tempo, faz mais de quinhentos.
Preciosidades
caiçaras
Caraguá
possui muitas pessoas sensíveis, que se expressam por meio das artes, como a
pintura, a prosa, a música, poesia. Porém, muitos ainda são ignorados. E suas
obras, verdadeiras preciosidades, permanecem longe do público. Uma pena, pois
seriam valiosa contribuição para a cultura caiçara. Bom exemplo disso é
servidor municipal Roque Ricardo de Lima, já falecido, que deixou vários cadernos
contendo centenas de poesias, inéditas e desconhecidas, além de pinturas. Taí
uma boa sugestão para a Fundacc “correr atrás”.
Borrões de um
Artista
Outro
poeta caiçara que merece destaque em nosso meio, pela qualidade de sua
produção, é o militar aposentado José Lopes de Aquino. Em lugar de tecer loas à
profundidade de suas inspirações, reproduzimos uma de suas obras, que fala por
si: “Tela Divina - Descendo a serra se avista / Borrões de pincel de Artista /
De um inspirado Pintor / Que pintou com tal perícia / Os recantos e delícias /
De uma cidade primor. / Pintou serra, mar e montes / Pintou cachoeiras e fontes
/ Pintou peixinhos no mar. / Caraguatatuba, linda / Pintou e não sabe ainda /
Como a conseguiu pintar.”
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