Deu
no jornal Imprensa Livre do dia 5 de dezembro. Do total de 46 vereadores de
Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba, apenas quatro deles
compareceram. A matéria e a foto são de Leninha Viana, do jornal Imprensa
Livre. Confira a matéria:
Reunião
da Frepap é marcada pela ausência de vereadores e técnicos da Educação
Quatro
vereadores compareceram à reunião
Apenas
quatro vereadores dos 46 que compõem o parlamento do litoral compareceram à
última reunião ordinária da Frente Parlamentar Paulista do Litoral Norte
(Frepap), na última quarta-feira na Câmara de Caraguatatuba.
Se
for contar com Bertioga, que também integra a Frente, mas raramente participa
das reuniões, a baixa foi ainda maior, pois nenhum dos 10 parlamenteares do
município compareceu ao encontro. Ausência sentida também dos representantes da
Educação, tema da reunião, que contou apenas com a presença da Diretoria
Regional de Ensino e das secretarias de Educação das cidades de São Sebastião e
Caraguatatuba
A
sessão foi presidida pela vereadora Vilma Teixeira de Oliveira Santos (PSDB),
de Caraguatatuba, vice-presidente da Frente, que justificou a ausência do
presidente Marcos Tenório, vereador sebastianense, por conta de uma consulta
médica em São José dos Campos. Os outros três parlamentares presentes foram
Gleivison Gaspar (PMDB), de São Sebastião, Claudinei Xavier (DEM), de Ubatuba e
Wenceslau de Souza Neto, Lelau (PT), de Caraguatatuba.
“Eu
tenho vergonha do Legislativo das quatro cidades do litoral. Em época de
eleição todos apresentam um discurso decorado, como texto de teatro, prometendo
lutar pela educação, e hoje que é para discutir o tema, vem essa mixaria de
vereadores. Tenho vergonha e estou pouco me lixando pelo que meus colegas vão
pensar sobre essa minha afirmação”, registou o vereador Gleivison ao fazer uso
da palavra.
Professor
por formação, Gleivison Gaspar apresentou diversos questionamentos,
principalmente à diretoria regional de Ensino, acerca das condições de trabalho
ofertadas aos professores, lei do piso, baixos índices do Ensino Médio, falta
de incentivo e reconhecimento ao profissional. “A maioria das pessoas que
discutem a retórica da educação não pisam há anos em sala de aula, mas todo
fracasso é atribuído ao professor. Eu pergunto, o que o Estado está fazendo
para motivar esse profissional?”, questionou. Outra dúvida suscitada pelo
parlamentar sebastianense foi sobre os resultados dos Índices de Desenvolvimento
da Educação Básica (IDEB), que em 2013 caíram, chegando ao mesmo resultado de
2011. Segundo Gleivison, o aluno apresenta um desenvolvimento no ensino
fundamental e cai vertiginosamente no ensino médio, sendo possível acreditar
que há “maquiagem nos índices”.
Em
resposta, a diretora regional de Ensino, Edina Roma de Paula Teixeira, afirmou
que o Estado já se adequou à Lei do Piso e que todas as ações são baseadas em
estudos e indicadores. Segundo Edina, há uma parceria com os quatro municípios
para promover capacitação dos profissionais e os índices da região estão
mostrando reação positiva. “De 12 indicadores hoje temos 9, então estamos
avançando”, afirmou.
A
supervisora de Ensino, Lara Litivinoff, completou dizendo que a escola de
ensino integral é um investimento que tem trazido benefícios para os
professores que podem ganhar um pouco mais (75% de gratificação) e para os
alunos que recebem mais conhecimento. A região já conta com uma escola em tempo
integral, no bairro do Tinga, em Caraguá e a intenção é ampliar as unidades nas
demais cidades.
A
secretária de Educação de São Sebastião, Ângela Couto, acredita que é preciso
uma divisão maior das responsabilidades entre Estado e Município e defendeu a
criação de um centro de formação integrada dos quatro municípios para os
profissionais.
A
secretária ressaltou ainda que é preciso mais investimento na área, já que a
contrapartida dos 10% do PIB e 75% dos royalties do pré-sal só chegarão aos
municípios por volta dos anos de 2020, 2022.
Já Ana Sicherle, secretária de Educação de Caraguatatuba, chamou a
atenção para a redução da verba do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica (Fundeb) e da necessidade dos municípios se adequarem às
mudanças do Plano Nacional de Educação. “Precisamos pensar nos planos
municipais para não termos problemas no futuro”, destacou.
Diante
da complexidade do tema e da “falta de quórum” dos parlamentares, a
vice-presidente da Frepap, vereadora Vilma Teixeira, propôs que a primeira
reunião de 2015, agendada para o dia 25 de fevereiro, volte a tratar da
Educação.
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