domingo, 7 de dezembro de 2014

Informação busca salvar a garoupa verdadeira

fonte: http://www.paparyko.com.br/

Proteção e conservação da espécie no seu habitat

Conhecida pelos pescadores e mergulhadores principalmente nos litorais do sudeste e do sul do Brasil, a garoupa verdadeira, classificada como necto-bêntonica, pertencente a família Epinephelidae, que atualmente está na lista de espécies ameaçadas de extinção, devido a sobrepesca – esforço não sustentável – e do detrimento do seu habitat natural.

Com distribuição geográfica mais concentrada entre o Estado do Rio de Janeiro ao extremo sul do Brasil, as garoupas verdadeiras vivem em ambientes de alta complexidade, ricos em tocas e abrigos. Habitam locais rochosos e possuem fidelidade territorial. A profundidade em que  são  encontradas pode mudar de acordo com a idade do peixe, além dos movimentos periódicos e interações entre espécies.

O desenvolvimento da garoupa verdadeira demonstra variação com relação às localidades, estações sazonais e condições de reprodução, o que exige um estudo cauteloso sobre a espécie, que possui crescimento lento, hábitos sedentários e maturação tardia. Como a migração não é uma característica predominante, torna-se uma presa fácil à caça e à pesca.
A garoupa verdadeira se alimenta principalmente de crustáceos, outros peixes e moluscos. Sua dieta varia de acordo com o seu tamanho e podem viver por até 60 anos.

A ausência dessa espécie nas cadeias alimentares influencia diretamente o equilíbrio do ecossistema. Atentos e preocupados com a degradação da espécie e seu habitat natural, pesquisadores se uniram para buscar formas de recuperar e proteger a espécie, surgindo assim o Projeto Garoupa.

CONSERVAÇÃO ATRAVÉS DA INFORMAÇÃO
Recuperar e proteger espécies marinhas em vias de extinção é um passo importante para manter o equilíbrio de ecossistemas degradados por agentes externos. Visando a conservação do meio ambiente, o Projeto Garoupa tem o objetivo de proteger e conservar a garoupa verdadeira (Mycteroperca marginata) no Brasil.

Devido a pouca informação sobre a ecologia deste peixe e de seu nível populacional, o Projeto atua em pesquisas para subsídios fundamentais para a conservação dessa espécie e de seu habitat.

Desde 2013, o Projeto patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental e realizado pela Associação Ambientalista Terra Viva (ATEVI), atua em onze municípios entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. São eles:
· Litoral dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro, Municípios de Armação dos Búzios, Cabo Frio e Arraial do Cabo.
· Litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, Municípios de Itaguaí, Mangaratiba, Angra dos Reis e Paraty.
· Litoral norte do Estado de São Paulo, Municípios de Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela.

Em parceria com 14 instituições, o Projeto Garoupa consegue atuar como um multiplicador, pois utiliza a informação como sua principal ferramenta. Por meio de suas ações comunica-se com as populações locais, não só pelo tocante ao ambiente, mas também no âmbito social, buscando a conscientização das populações e fazendo com que o indivíduo seja atuante, transformador e responsável pelo processo.

Para alcançar seus objetivos, O Projeto Garoupa se divide em três linhas:
· Reconhecimento dos habitats através de mergulhos autonômos em 12 áreas marinhas, para caracterização física e biológica destes locais;
· Larvicultura, através de reprodução assistida são produzidos alevinos em tanques de alevinagem com o acompanhamento de pesquisadores;
· E a Educação Ambiental participativa, realizada através de atividades lúdicas com oficinas de teatro ambiental, vídeos comunitários e contação de histórias.

Segundo a Petrobras, principal parceira do Projeto, as transformações estruturais só acontecem quando a dimensão social e a questão ambiental são tratadas de forma integrada, entendendo que a realidade é tematicamente indivisível e naturalmente interligada. Dessa forma, o Projeto Garoupa contribui para criar soluções e oferecer alternativas com potencial transformador em busca de equilíbrio ecológico em parceria com as comunidades onde atua.

Para Baba Dioum, ambientalista senegalês, “no fim, nós conservaremos apenas o que amamos, nós amaremos apenas o que entendemos e nós entenderemos apenas aquilo que somos ensinados”.

E assim caminha o Projeto Garoupa; difundindo e incluindo para proteger e conservar.


Mais informações entrar em contato com o coordenador geral do projeto: Mauricio Roque da Mata - Telefone: (21) 99309-2797 / 97293-5954

0 comentários: