A secretaria de Saúde da cidade de São Sebastião está montando uma força tarefa para coibir a
proliferação do Aedes Egipty, o mosquito transmissor da dengue. Desde ontem (5)
ações intensivas estão sendo realizadas em vários pontos do município.
Equipes de agentes de combate a endemias estão concentradas
num primeiro momento nos bairros da Topolândia, Olaria e Itatinga, denominada
área 1, onde foi constatado maior número de criadouros da larva, após uma
avaliação de densidade larvária (ADL) realizada no mês passado.
Para combater uma possível epidemia da doença na cidade foi
preparada uma força-tarefa, com ações intensificadas pelos agentes que estão
fazendo um arrastão no local. Para isso foram disponibilizados três caminhões,
uma máquina retroescavadeira, 10 braçais, além de toda equipe de agentes, que
estão verificando casa a casa dos bairros da área 1, para eliminar os
criadouros.
A eliminação acontece de duas formas, segundo a chefe de vigilância epidemiológica, Marcia
Saavedra. A primeira acontece com a limpeza do terreno, retirando todos os
possíveis criadouros móveis, como por exemplo pratinhos de vasos de planta e
principalmente reservatórios de água, como os tradicionais tambores. Já nos
potenciais criadouros fixos, como calhas, grelhas e ralos, que não podem ser
removidos, são tratados com a aplicação de larvicida granulado.
“A maioria dos criadouros foram encontrados em pratinhos de
vasos de plantas e reservatórios de água
doméstico”, alertou Saavedra.
De acordo com ela, a
cidade está dividida em três áreas. A área 1, que compreende os bairros do do
Canto Mar a Pitagueiras; área 2, que
abrange os bairros de Barequeçaba a
Juquehy; e área 3, que contempla os bairros de Barra do Una a Boraceia.
“ Na área 1 foi encontrado o maior índice de infestação do
mosquito, 10,6 a cada 100 casas, o que
para média do Ministério da Saúde consiste em epidemia”, explicou a chefe de
divisão.
O secretário de Saúde, Urandy Rocha Leite, faz um apelo à
população: “Cada um de nós somos responsáveis por nossas casas. É necessária a participação e a colaboração
de todos na luta contra dengue. Se não houver cooperação por parte da população
nenhuma ação será suficiente no combate à doença”, justificou.
Para orientar a
comunidade agentes comunitários de saúde também estão reforçando os
trabalhos porta a porta. Durante a visita nas casas é entregue ao morador uma
planilha com as medidas a serem tomadas para eliminar os criadouros, que deve
ser seguida por quatro semanas.
Dentre os itens dessa lista Saavedra destaca algumas ações fundamentais na eliminação de possíveis
criadouros. São elas: vedar caixas d´águas, galões, tonéis, poços e tambores;
limpeza de calhas e ralos; manter garrafas vazias e de cabeça para baixo, assim
como bandejas de geladeira sem água, entre outras.
A força-tarefa será estendida a todo o município
e as áreas consideradas de risco são monitoradas periodicamente. Outra
avaliação de densidade larvária será realizada no próximo mês de março.
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