quarta-feira, 18 de abril de 2012

Arquipélago integra o circuito turístico do Estado de São Paulo para a Copa do Mundo de 2014


Conheça Ilhabela, a capital nacional da vela
Praias, cachoeiras e esportes náuticos e até mesmo um cenário romântico para celebrar um casamento. Esses atrativos tornam o arquipélago de Ilhabela um dos roteiros mais bonitos do litoral Norte de São Paulo e o levaram a integrar do circuito "Sol, Praia, Ecoturismo e Mergulho" da Copa do Mundo de 2014.

Na temporada de verão, o arquipélago recebe mais de 150 mil turistas e no ano inteiro esse número chega a 1,5 milhão.  Cerca de 85% do arquipélago é composto por Mata Atlântica. São mais de 27 mil hectares no Parque Estadual de Ilhabela.
"Da mata preservada, só se consegue visitar uma pequena faixa no litoral, cerca de 50 quilômetros. As belezas naturais e praias isoladas ainda proporcionam aos turistas um banho de mar tranquilo", revela Marcelo de Siqueira, empresário do ramo gastronômico em Ilhabela.

Além das belas praias de águas azul-esverdeadas, Ilhabela traz o encanto das cachoeiras, que os caiçaras costumam dizer que são 365, uma para cada dia do ano. Pelo potencial náutico, Ilhabela recebeu em julho de 2011, o título de Capital Nacional da Vela. No mês de julho, a ilha sedia a Semana da Vela. "Só por ser uma ilha, já tem seu charme. Além da sua vocação natural de sol e praia, possui infraestrutura hoteleira e gastronomia diversificada", comenta Eunice Bourroul, diretora de Turismo de Ilhabela.

Se durante o dia os visitantes podem curtir as praias, trilhas e esportes náuticos, à noite o movimento se concentra na Vila. Bares rústicos, com música ao vivo, música eletrônica e até night club. A gastronomia permite saborear desde pratos de bacalhau, comida japonesa, tailandesa e frutos do mar até as pizzas. Segundo Siqueira, quem vai a Ilhabela não pode deixar de experimentar o concorrido cachorro-quente prensado da rua do Meio. "Gostoso e tradicional", afirma Siqueira.

Na Vila se pode visitar a cadeia antiga, hoje sede do Parque Estadual de Ilhabela, a igreja Matriz Nossa Senhora D’Ajuda e as inúmeras lojinhas de souvenirs, artesanato e grifes. "Pelas construções antigas e seu charme, ela se parece com um bibelô".

Para apreciar o mais belo pôr do sol da ilha, é só pegar a estrada rumo sul e seguir até o final do asfalto. "Uma visão deslumbrante do sol se pondo na serra", define o empresário.

Apesar do estilo rústico da ilha, ela oferece toda a infraestrutura ao turista, de quiosques da orla e lojas de conveniência que funcionam 24 horas até a infraestrutura de serviços. "Até mesmo na balsa há um caixa eletrônico", ressalta o empresário. E para quem deseja fazer a travessia de São Sebastião à Ilhabela com mais comodidade, é possível reservar o horário no site bessa.sp.gov.br.

Pelo seu charme e romantismo, Ilhabela está se tornando um dos lugares mais procurados para cerimônias de casamento. "Tem finais de semana em que há cinco casamentos, feitos na igreja, em deck ou na praia, em que as noivas chegam de canoa. Já está virando uma tradição na ilha", diz Eunice.

Bonete - paraíso sem luz elétrica
Uma das praias mais selvagens e preservadas do litoral de São Paulo, o Bonete é destino certo para quem busca tranquilidade, mar limpo e beleza natural ímpar. Lá não tem energia elétrica, nem sinal de celular. Localizado no extremo sul de Ilhabela, para chegar até este pequeno pedaço de paraíso existem duas opções: de barco ou trilha a pé. A caminhada de 15 quilômetros começa na Ponta de Sepituba e passa por duas quedas d´água, a da Lage, onde um escorredor natural faz a alegria dos banhistas, e a cachoeira do Areado, ideal para uma hidromassagem natural.

Há barcos que saem tanto de São Sebastião quanto de Ilhabela. Para os movidos a gasolina, que são mais rápidos, o custo médio da viagem é de R$ 200 por pessoa (ida e volta). Para os mochileiros, que geralmente estão com o dinheiro da viagem contado, canoas de madeira movidas a óleo diesel cobram, em média, R$ 40 por pessoa. Neste caso a viagem pode demorar até 2 horas, dependendo das condições do mar. No Bonete as opções de hospedagem são campings ou pousadas. (Com Paulo Henrique Shneider / A Cidade)

Castelhano é praia para aventureiros
Para quem aprecia aventura, a Praia de Castelhano é destino quase obrigatório. São 22 quilômetros de jipe até a praia, em uma estrada que corta de lesta a oeste a ilha e na qual 50% só se pode trafegar em veículos 4x4. "Se passa dentro de um rio, três cachoeiras e é possível apreciar a vegetação e animais nativos. O final é recompensador, após uma hora de jipe se deslumbra a paisagem de Castelhanos, que vista de cima tem formato de coração", revela o empresário.

Em Castelhanos não há energia elétrica, não há como usar celular e não se aceita cartão de crédito nos três restaurantes existentes. "Hoje vivem apenas cerca de três famílias da comunidade caiçara e é preciso levar repelente, devido os borrachudos", ressalta. A trilha pode ser feita de bike, moto, jipe ou a pé. "Com ondas que chegam a atingir oito metros de altura, ela é conhecida como praia dos surfistas".
A trilha da Laje leva a cachoeira com mesmo nome, em que o prazer está em descer no escorregador natural e cair em uma piscina natural.
Valeska MateusTamanho da LetraA-A+
Foto: P.H. Schneider / A Cidade
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