quinta-feira, 8 de setembro de 2016

O Bem e o Mal existem. Só é preciso saber escolher...

Editorial do jornal “A Melhor Idade”, que circula em Caraguatatuba-SP, Brasil, edição do mês de setembro/2016:

“Meu bem, meu mal

O Brasil é mesmo uma terra de contrastes. Mal acabamos de nos deslumbrar com a abertura dos Jogos Olímpicos, com o desempenho de nossos atletas, as solenidades de encerramento --e o mais importante, sem incidentes diante de uma expectativa ruim--, e de um saldo considerado positivo do pós-olimpíada, embora haja alguns senões, e eis que a nação inteira se depara agora com uma lavação de roupa suja que pode apear do poder um presidente da República e talvez implodir o partido mais organizado e “religioso” que o país já teve, produzindo um efeito cascata de quedas e condenações.

O carro-brasil acelera de zero a cem em uns poucos segundos. Só que entre o parado e o acelerado, o custo é muito alto para os brasileiros pagarmos. Embora a nossa parcela de culpa nesses escândalos seja pequena, de forma indireta, omissiva, como aceitadores e conformados com tudo, simbolizado pelo voto dado sem questionamentos ou análises mais profundas, de certa forma bem que merecemos esse governo que aí está, conforme repetidas vezes dizem por aí.

O povo brasileiro sempre foi enganado. É e o será pelas décadas que virão. A transformação tão esperada é algo que exigirá muita prudência, pesados investimentos em Educação e principalmente ação vigorosa acerca de tudo que se construiu e se pensou até hoje. A irresponsabilidade de dirigentes ladravazes e a mansidão dos bons não têm mais lugar neste Brasil de proporções agigantadas. Mas é um caminho tortuoso, cheio de armadilhas, envolvendo gerações e mudança de costumes já enraizados na cultura popular, como a maldita tolerância ao “rouba, mas faz”.

Quando este texto for publicado já estaremos conhecendo o desfecho do julgamento pelo Senado, cassando o mandato da presidente ou perdoando os seus deslizes, acoimados de pedaladas, socos e pontapés em tudo e em todos. Qualquer que seja o resultado, caberá a nós darmos um novo rumo a esta Nação, chutar a bola pra frente, acelerar fundo, inspirar os puros ares desta terra e, munidos de muita creolina, escovões e que tais, partir em busca das transformações por tantos almejada.

Como o ladrão, assassino, e o monge, o Bem e o Mal existem. Só é preciso saber escolher. E a escolha já começa no dia 2 de outubro.”

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