Cerca de 500 pessoas vestidas de preto saíram às ruas na manhã de
quarta-feira (18) para a caminhada de conscientização do “Dia Nacional de
Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”, celebrado
hoje, 18 de Maio.
Participaram do ato o prefeito Antonio Carlos;
o vice-prefeito, Antonio Carlos Junior; secretários municipais, entidades
sociais, representantes dos conselhos municipais, funcionários públicos,
escolas municipais e estaduais, além dos comércios, que durante a passagem da
caminhada, baixaram as portas das lojas, em sinal de protesto.
A concentração foi na Secretaria de
Desenvolvimento Social e Cidadania e os participantes seguiram até a Praça Dr.
Cândido Motta, onde houve distribuição de picolé e dispersão dos participantes.
O secretário de Desenvolvimento Social e
Cidadania, Marcelo Paiva de Medeiros, destacou o 5º ano consecutivo da
Caminhada que teve maior participação popular. “Agradeço a presença de cada um.
Só assim chamaremos a atenção de todos para a gravidade do problema”, disse.
Ao final do ato, o secretário ainda enfatizou
que o “Dia 18 de Maio” é um alerta em todo o país e o Governo Municipal de
Caraguá também está na luta pelo combate a esse tipo de crime. “Vamos
denunciar. Todos juntos contra a violência sexual em crianças e adolescentes”,
finalizou.
Serviço em Caraguá – O
município oferece serviço a esses tipos de casos contra crianças e
adolescentes. O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas)
é o setor que atua no atendimento desse crime em Caraguá. O local recebe
vítimas de todo o município que procuram ajuda espontaneamente ou são
encaminhadas pelo Disque 100, Conselho Tutelar, Vara da Infância e Juventude,
escolas, unidades de saúde e Centros de Referência de Assistência Social
(Cras).
As vítimas e seus familiares são inseridos
no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado às Famílias e
Indivíduos (Paefi), com acompanhamento de assistente social e psicólogo. O
projeto contempla crianças e adolescentes (até 18 anos de idade incompletos)
que passaram por situações de violência (física, sexual, psicológica, moral ou
verbal).
Os atendimentos são individuais e em grupos,
com visitas domiciliares, na escola ou nos locais frequentados pelas vítimas.
Os profissionais fazem o acompanhamento direcionado para a promoção de
direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares.
Dados nacionais –
Segundo o Disque 100, todo ano, mais de 21 mil denúncias de violações de direitos
com crianças e adolescentes são recebidas, destas cerca de 5 mil são referentes
à violência sexual, o que representa 21% do total registrado. Assim, a
violência sexual é o quarto tipo de violação mais recorrente entre os casos.
Em cada denúncia, é possível fazer o relato de
mais de um tipo de violação. Dessa forma, os casos de abuso sexual estão
presentes em 85% do total de denúncias de violência sexual denunciadas no
primeiro trimestre do ano. Este crime ocorre quando o agressor, por meio da
força física, ameaça ou seduz, usa crianças ou adolescentes para a própria
satisfação sexual.
A exploração sexual, caracterizada pela
utilização sexual de meninas e meninos com a intenção de obter lucro, foi
relatada em 23% dos registros. As denúncias de violência sexual também envolvem
casos de pornografia infantil, grooming (assédio sexual na Internet), sexting
(troca de fotos e vídeos de nudez, eróticas ou pornográficas), exploração
sexual no turismo, entre outros.
Sobre 18 de maio - Na
data, em 1973, no Espírito Santo aconteceu um caso de violência e exploração
sexual a uma menina de oito anos de idade. Nesse ano, o fato que comoveu o
país, completou 43 anos e os culpados permanecem impunes.
Informações ou denúncias
Disque Denúncia: 100
Creas: Avenida Vereador Aristides Anízio dos
Santos, 344 – Indaiá (Em frente ao Corpo de Bombeiros) - (12) 3897-7075
Polícia Militar: 190
Conselho Tutelar: (12) 3882-1690 / 99723-6758
(Plantão)
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