O uso da
tribuna da Câmara Municipal de Ilhabela, em sua sessão ordinária desta
terça-feira, 24, foi marcado pela apresentação de diversas críticas.
A vereadora
Dra. Rita Janete falou da necessidade da permanência do serviço de quimioterapia
no hospital de clínicas de São Sebastião, assunto abordado durante reunião da
frente parlamentar de vereadores do Litoral Norte. Reclamou também do aumento
dos borrachudos na cidade e de vetos do prefeito.
A vereadora
Gracinha reclamou do conteúdo das respostas recebidas da prefeitura a
requerimento de sua autoria, que na verdade “não respondem nada”.
Terceiro vereador
a usar a tribuna, Cleison Guarubela apresentou críticas à
Dersa em razão de problemas ocorridos na travessia da balsa durante o feriado
prolongado da Consciência Negra.
Confira com mais detalhes o que
disseram os vereadores:
Dra. Rita Janete (PTdoB) - usou a Tribuna da Câmara de Ilhabela na sessão ordinária para falar
sobre diversos assuntos. O primeiro tema abordado pela parlamentar foi sua
participação na reunião Ordinária da Frente Parlamentar Paulista do Litoral
Norte (Frepap), no último dia 20, onde se discutiu a permanência do serviço de
quimioterapia no Hospital de Clínicas de São Sebastião, que atende as quatro
cidades do Litoral Norte.
“É uma vergonha o Estado abrir uma
discussão por causa de R$ 30 mil reais para cada município. Quero deixar aqui
minha indignação e questionar qual o compromisso do Governo do Estado com a
região? Tudo relacionado ao Estado é muito difícil”, disse a parlamentar. Dra.
Rita (PTdoB), comentou ainda que foi acompanhada da vice-prefeita Nilce
Signorini na reunião, mas que lamentavelmente, nenhum representante da
Secretaria de Saúde de Ilhabela esteve no evento, fazendo com o que o município
deixasse de falar sobre o que tem feito em relação ao tema.
Outro assunto abordado pela vereadora
foi a necessidade de melhorias em infraestrutura. Dra. Rita (PTdoB) cobrou do
Executivo ações para garantir acessibilidade nos prédios públicos. “As
políticas públicas precisam ser respeitadas e o poder público deve dar
exemplo”. A parlamentar também cobrou outra vez uma solução para o ponto de
ônibus do terminal de balsas. “É um absurdo, a população insistentemente faz
cobranças e nada é resolvido. Tem que dar prazo, resolver com urgência”.
Outra cobrança foi relacionada às
reclamações da incidência de “ataques” de borrachudo e pernilongo em todos os
bairros e por fim, Dra. Rita (PTdoB) também falou sobre os vetos do prefeito
Toninho Colucci (PPS), a projetos relacionados à prevenção informação na área
da saúde e disse não entender o porquê. “A gente não pode propor nada, sugerir,
nada pode fazer”, concluiu.
Vereadora Gracinha Ferreira (PSD) - usou a Tribuna da Câmara de Ilhabela para criticar mais uma vez as
respostas enviadas pela Secretaria de Educação a requerimentos de sua autoria.
A parlamentar disse não saber se é uma questão “pessoal”, mas que a secretária,
professora Lídia Sarmento, poderia ser mais objetiva em suas respostas, pois os
documentos enviados para a Câmara muitas vezes passam de três páginas, mas não
respondem de fato as questões indagadas.
A vereadora citou um requerimento
enviado por ela em outubro passado, no qual já questionava os possíveis
problemas de estrutura no prédio que abrigava até a semana passada a escola
municipal Terezinha de Jesus Ferreira, na Barra Velha. “Eu fui procurada,
marcada em postagens por pais de alunos que estavam preocupados e indignados
com a situação do prédio, da estrutura, por isso fiz o documento”, relatou.
Gracinha Ferreira (PSD) reiterou
ainda que em momento nenhum fez críticas a funcionários e ou professores, pois
é sabedora do carinho e dedicação com que todos atuam na escola, onde
inclusive, possui dois netos que estudam no local. “Os comentários indignados
que foram anexados no requerimento, foram feitos pelos pais, todos relacionados
à estrutura do prédio, nunca às pessoas que lá trabalham”, frisou.
A parlamentar criticou ainda a
resposta a outro requerimento, no qual pedia a possibilidade de instalação de
ar condicionado nas salas de aula da rede municipal. A devolutiva da secretaria
foi de que não há condições por serem muitas salas e no período de verão os
alunos estariam em recesso, o que irritou a vereadora. “Nós sabemos que há
tempos não tem como definirmos as estações, o clima mudou. No momento, temos um
orçamento privilegiado, graças a Deus, por que não investir em ar condicionado
para as salas de aula? Acredito que isso vai melhorar o rendimento dos alunos”,
argumentou.
Gracinha Ferreira (PSD) disse que o
pedido foi motivado por reivindicações de pais e lembrou que ela mesma já havia
feito requerimentos solicitando melhoria nos ventiladores da escola municipal
Waldemar Belizário, atendendo a reclamações de pais e dos próprios alunos que
sofriam com calor na referida instituição. Por fim, a vereadora citou um
exemplo positivo vindo da escola municipal do bairro da Armação, onde um
trabalho entre diretoria e Associação de Pais e Mestres resultou na compra de
aparelhos de ar condicionado para todas as salas da escola.
Vereador Cleison Guarubela (PRB) – fez críticas à Dersa, durante sua fala na Tribuna da sessão Ordinária da
Câmara de Ilhabela. O parlamentar usou os problemas ocorridos na travessia
durante o último feriado prolongado – Consciência Negra – para mais uma vez
cobrar melhorias com relação à prestação de serviços.
“A única indústria que temos em
Ilhabela é o turismo e, com a chegada da temporada, esse mau serviço vai
espantar o turismo de que tanto dependemos”, disse o vereador, que também
criticou a longa espera das filas e as condições precárias das embarcações.
“Das sete balsas, uma quebrou no
feriado e a outra foi pra reforma e nós nem sabemos quando vai voltar. As
filas, no último feriado, ultrapassaram três horas, causando transtornos também
em São Sebastião. É inadmissível isso”, completou.
Cleison Guarubela (PRB) ainda pediu
ajuda ao deputado estadual Milton Vieira (PSD), que estaria assistindo à
transmissão da sessão por internet. “Senhor Deputado, peço encarecidamente que
interceda ao governador Geraldo Alckmin por uma solução, pois nós não podemos
ficar reféns da Dersa”, finalizou.
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