sábado, 31 de janeiro de 2015

Projeto Garoupa: o que ficou de 2014 e o que se planeja para 2015

O ano de 2014 encerrou com um forte sentimento de missão cumprida para o Projeto Garoupa, que é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental

Em 2015, o projeto iniciou sua atuação em Paraty, sétimo município dos 11 propostos junto as comunidades tradicionais para a educação ambiental. As atuações da pesquisa e conscientização pela conservação da espécie e a manutenção do equilíbrio dos ambientes naturais foram realizadas ao longo de 2014 e em 2015 as atividades continuarão, também nos municípios de São Paulo onde o projeto ainda não atuou fortemente. Mas esses avanços e resultados positivos só foram e serão possíveis porque o projeto possui importantes parceiros, um patrocinador e a força das comunidades.

A IV Campanha de atuação do projeto, para a investigação da ecologia da garoupa verdadeira (Mycteroperca Marginata) no Brasil foi concluído. Com o compromisso de pesquisar hábitos, habitats e formas de reprodução da garoupa verdadeira para a sua conservação, foram realizados mergulhos autônomos nos 12 sítios de atuação do projeto: No Rio de Janeiro: Cabo Frio, Armação dos Búzios e nas Ilhas Cagarras; e em São Paulo: Ilhabela e seu entorno.

A Região dos Lagos está definida pela equipe de pesquisa do projeto como área de ressurgência, nas Ilhas Cagarras área de alto impacto e em Ilhabela área de baixo impacto. Durante os mergulhos, são coletados dados da ictiofauna (conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região biogeográfica), da cobertura bêntica (região do ambiente marinho situada próxima ao fundo oceânico), da complexidade física do habitat e de temperatura.

 “Para efetivarmos a recuperação e conservação da espécie, necessitaremos de várias fases, a primeira das quais se concluirá em 2015. Os nossos objetivos nessa primeira etapa, são de investigar aspectos ecológicos da espécie, examinar alternativas de recuperar populações de garoupas em estado crítico e promover uma educação ambiental para um público o mais amplo possível”, explica o Coordenador do Projeto Mauricio da Mata.

Educação Ambiental
A educação ambiental do projeto é de caráter participativo e dialético, onde são empregadas atividades lúdicas no aprendizado e fixação de conceitos pertinentes a conservação ambiental como um todo e a preservação de nossos ambientes marinhos em particular.

Em 2014, as atividades de educação aconteceram no Estado do Rio de Janeiro. Os municípios trabalhados foram Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Itaguaí, Mangaratiba, e Angra dos Reis. As atividades se apoiam nas linguagens lúdicas de teatro ambiental, contação de histórias e vídeo comunitário.

O objetivo é desenvolver uma dinâmica que contribua para a conscientização das comunidades com relação ao ambiente em geral, a manutenção de ambientes marinhos e a ecologia da garoupa verdadeira. As atividades de educação ambiental se realizaram por meio de ações nas escolas públicas e comunidades tradicionais, tratando de diversos temas costeiros e marinhos.

Larvicultura
Uma das atividades de recuperação da garoupa verdadeira é a investigação de reposição da espécie por meio de indivíduos produzidos em cativeiro. Para isso, estão sendo produzidos alevinos (reprodução assistida) e juvenis através de matrizes selvagens capturadas em ambientes recifais locais. A larvicultura do projeto está sendo desenvolvida na infraestrutura de reprodução do projeto, localizada em Ilhabela.

Em 2015, as atividades de reconhecimento da ecologia da garoupa continuará. Será iniciada a fase de implantação de transmissores e de marcas de elastômeros em indivíduos produzidos pelo projeto. Os indivíduos marcados servirão para examinar a efetividade de repovoamento como ferramenta de recuperação de populações degradadas da garoupa.

No tocante a educação ambiental, será mantida a caravana itinerante nos municípios atendidos e expandida para o Estado de São Paulo. As atividades de larvicultura continuarão com seu plano corrente.

O Projeto Garoupa entende que o grande beneficiário de ambientes equilibrados é o ser humano, enquanto usuário final. Continuem participando desta jornada.

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