O ano de 2014
encerrou com um forte sentimento de missão cumprida para o Projeto Garoupa, que
é patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental
Em 2015, o
projeto iniciou sua atuação em Paraty, sétimo município dos 11 propostos junto
as comunidades tradicionais para a educação ambiental. As atuações da pesquisa
e conscientização pela conservação da espécie e a manutenção do equilíbrio dos
ambientes naturais foram realizadas ao longo de 2014 e em 2015 as atividades
continuarão, também nos municípios de São Paulo onde o projeto ainda não atuou
fortemente. Mas esses avanços e resultados positivos só foram e serão possíveis
porque o projeto possui importantes parceiros, um patrocinador e a força das
comunidades.
A IV Campanha
de atuação do projeto, para a investigação da ecologia da garoupa verdadeira
(Mycteroperca Marginata) no Brasil foi concluído. Com o compromisso de
pesquisar hábitos, habitats e formas de reprodução da garoupa verdadeira para a
sua conservação, foram realizados mergulhos autônomos nos 12 sítios de atuação
do projeto: No Rio de Janeiro: Cabo Frio, Armação dos Búzios e nas Ilhas
Cagarras; e em São Paulo: Ilhabela e seu entorno.
A Região dos
Lagos está definida pela equipe de pesquisa do projeto como área de
ressurgência, nas Ilhas Cagarras área de alto impacto e em Ilhabela área de
baixo impacto. Durante os mergulhos, são coletados dados da ictiofauna
(conjunto das espécies de peixes que existem numa determinada região
biogeográfica), da cobertura bêntica (região do ambiente marinho situada
próxima ao fundo oceânico), da complexidade física do habitat e de temperatura.
“Para efetivarmos a recuperação e conservação
da espécie, necessitaremos de várias fases, a primeira das quais se concluirá em
2015. Os nossos objetivos nessa primeira etapa, são de investigar aspectos
ecológicos da espécie, examinar alternativas de recuperar populações de
garoupas em estado crítico e promover uma educação ambiental para um público o
mais amplo possível”, explica o Coordenador do Projeto Mauricio da Mata.
Educação Ambiental
A educação
ambiental do projeto é de caráter participativo e dialético, onde são
empregadas atividades lúdicas no aprendizado e fixação de conceitos pertinentes
a conservação ambiental como um todo e a preservação de nossos ambientes
marinhos em particular.
Em 2014, as
atividades de educação aconteceram no Estado do Rio de Janeiro. Os municípios
trabalhados foram Arraial do Cabo, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Itaguaí,
Mangaratiba, e Angra dos Reis. As atividades se apoiam nas linguagens lúdicas
de teatro ambiental, contação de histórias e vídeo comunitário.
O objetivo é
desenvolver uma dinâmica que contribua para a conscientização das comunidades
com relação ao ambiente em geral, a manutenção de ambientes marinhos e a
ecologia da garoupa verdadeira. As atividades de educação ambiental se
realizaram por meio de ações nas escolas públicas e comunidades tradicionais,
tratando de diversos temas costeiros e marinhos.
Larvicultura
Uma das
atividades de recuperação da garoupa verdadeira é a investigação de reposição
da espécie por meio de indivíduos produzidos em cativeiro. Para isso, estão
sendo produzidos alevinos (reprodução assistida) e juvenis através de matrizes
selvagens capturadas em ambientes recifais locais. A larvicultura do projeto
está sendo desenvolvida na infraestrutura de reprodução do projeto, localizada
em Ilhabela.
Em 2015, as
atividades de reconhecimento da ecologia da garoupa continuará. Será iniciada a
fase de implantação de transmissores e de marcas de elastômeros em indivíduos
produzidos pelo projeto. Os indivíduos marcados servirão para examinar a
efetividade de repovoamento como ferramenta de recuperação de populações
degradadas da garoupa.
No tocante a
educação ambiental, será mantida a caravana itinerante nos municípios atendidos
e expandida para o Estado de São Paulo. As atividades de larvicultura
continuarão com seu plano corrente.
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