O Havaí jamais sairá da
memória de Gabriel Medina. Em Pipeline, nesta sexta-feira, ele se tornou o
primeiro brasileiro a conquistar o título do Circuito Mundial de Surfe (WCT).
Medina, que chegou à ilha
americana como líder do ranking da ASP (Associação dos Surfistas
Profissionais), assegurou a conquista depois que o também brasileiro Alejo
Muniz bateu o australiano Mick Fanning na repescagem (quinto round) por (6,53 a
2,84).
As cores verde e amarela
tomaram conta da praia logo após a confirmação do título de Medina, que deixou
o mar durante sua bateria contra Filipe Toledo, pelas quartas de final, e
seguiu para a areia para comemorar com a torcida brasileira. Restando 13
minutos para o fim da prova, Gabriel voltou ao mar para continuar a disputa.
Além do tricampeão mundial,
Gabriel Medina desbancou também o astro Kelly Slater, dono de 11 títulos, que
acabou sendo eliminado da etapa ainda no terceiro round pelo mesmo Alejo Muniz.
Aos 20 anos (completará 21 no
dia 22 de dezembro), Medina se iguala a Slater como o mais jovem a conquistar
um título mundial.
Além disso, obtém outros
feitos importantes. É o primeiro sul-americano na era do profissionalismo a
levar a taça e apenas o terceiro nascido fora dos Estados Unidos, Austrália e
Havaí a conseguir tal façanha. Os outros haviam sido o sul-africano Shaun
Tomson (na IPS, em 1977) e o britânico Martin Potter (já pela ASP em 1989).
Medina teve um ano, de fato,
especial. Em apenas sua quarta temporada completa no WCT, o brasileiro
conseguiu três vitórias. Foi primeiro colocado nas etapas de Gold Coast (Austrália),
Teahupoo (Taiti) e Fiji.
Seus piores resultados foram
no Rio de Janeiro e em Peniche (POR), quando acabou eliminado logo na terceira
fase, o equivalente à 13ª posição.
Até 2014, a melhor colocação
de Medina no ranking mundial ao fim de uma temporada havia sido em 2012, quando
acabou no sétimo posto. Em 2013, terminou somente em 14º.
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