O evento contou com a presença de representantes da
administração e gestão portuária, ANVISA, Policia Federal, Capitania dos
Portos, agências marítimas e de comercio exterior, Ministério da Agricultura,
Ibama e empresas de produção industrial, como montadoras de carros.
Segundo o Hipolito, a prefeitura apoia a ampliação do porto,
mas não aprova o projeto atual. Eduardo disse que a relação porto/cidade não
existia, e hoje se tem uma tentativa de estreitar os laços entre as partes.
“Muito bom estar envolvido nessas discussões que só tem a
acrescentar e a esclarecer os questionamentos que envolvem a ampliação do porto
e seus impactos no ambiente, na sociedade e no comércio”, declarou o
secretário.
Ainda de acordo com o secretário, biomas estão sendo
ameaçados e isso o preocupa. Ele argumenta que é preciso ter calma na análise
da ampliação. “Não é justo olhar apenas aos interesses comerciais, ainda não
atingimos uma maturidade quando o assunto é o porto e seus impactos com o
crescimento dele”, afirmou.
Outro ponto importante foi o pedido do secretário por um
olhar especial e uma avaliação maior para os impactos no mangue do Araçá. Para
Hipólito, o porto de São Sebastião pode e deve ser competitivo, mas precisa ser
refletido um pouco mais sobre a capacidade de carga. Eduardo finalizou sua
palestra pedindo que se busque a qualidade de vida da sociedade que vive no
entorno do empreemdimento. “O porto deve ter três pilares para uma balança
sustentável entre a comunidade e o progresso. É necessário considerar a
economia, o social e o ambiente em conjunto”, avaliou.
A Companhia Docas ministrou palestra com um apanhado geral
sobre as atuais movimentações do porto e deu algumas projeções para o futuro
com a ampliação. Um fato a ser comemorado pelos portuários é a recente
avaliação realizada pela Volkswagen da Alemanha, que considerou após estudos
nos principais portos do país, o de São Sebastião como melhor porto para
exportação de veículos do Brasil.
De acordo com representante da Companhia Docas, a cidade é a
principal porta de importação de cevada do país, pois o estado de São Paulo é o
principal consumidor dessa matéria prima. Segundo a Companhia, a intenção é
investir ainda mais em exportação, principalmente a de veículos, mas não é
descartado trabalhar com grãos, base “off
shore” e líquidos.
Nas previsões, 200 mil contêineres devem transitar anualmente
se o porto investir nessa demanda. As projeções são para 2020, somente após o
termino da obra de ampliação.
A obra de ampliação deve levar quatro anos de trabalhos,
sendo que a fase 1 prevê a construção de novos braços para 2017.
Durante o evento a Cia Docas também revelou o interesse da
General Motors em se instalar na cidade, transformando o porto no principal
meio de exportação da fábrica, destacando que, no ano passado, 900 mil
toneladas transitaram com carga e descarga e que o porto está habilitado a fazer movimentações
de até 2 milhões de toneladas por ano.
Já a Petrobras falou sobre os pontos críticos das operações
de petróleo e seus derivados.
Segundo a Receita Federal, o simpósio surgiu com a ideia de
mostrar que São Sebastião está em um crescimento eminente e que existe a
necessidade de se discutir juntamente com as áreas comerciais de atuação,
importação e exportação, com gestores
públicos, órgãos públicos municipal, estadual e federal, os impactos futuros.
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