Três
dos 15 eleitos estão indo para o 5º mandato e em 2016 completam 20 anos de
legislativo em Caraguatatuba
Josiane
Carvalho / Jornal Imprensa Livre – 12/10/12
Com
o resultado nas urnas do último domingo em Caraguatatuba foi possível observar
que o eleitorado do município tem certas características conservadoras quando o
assunto é mudança ou renovação no nome dos representantes do Legislativo
municipal.
Para
se ter uma ideia, dos 15 nomes eleitos, sete deles foram reeleitos, ou seja,
dos atuais 10 vereadores que compõem o quadro da casa apenas três – e por
incrível que pareça – os três nomes que praticamente não disputaram a eleição,
foram justamente os que ficaram de fora.
Um
fato bastante curioso nesta votação foi a escolha de velhos nomes bastante
conhecidos da população há pelo menos 16 anos ocupando o cargo de vereadores no
Município. São eles, Agostinho Lobo de Oliveira (PSDB), Celso Pereira (DEM) e
Aurimar Mansano (PTB). Estes três garantiram a vaga para o quinto mandato a
frente do Legislativo e, consequentemente, ao término dos próximos quatro anos
estarão na Câmara por duas décadas.
Os
três nomes estão no Legislativo de Caraguatatuba desde 1996. Lobinho, por
exemplo, foi eleito neste ano com 509 votos. Na eleição seguinte, em 2000,
conquistou 1.057. Em 2004, alcançou 1.360 votos e na última eleição, em 2008
foi eleito com 1.215 votos. Antes de iniciar sua carreira política, Lobinho
trabalhou como pedreiro e depois tornou-se comerciante, ramo que exerceu por
mais de duas décadas.
Pereira,
também assumirá o seu quinto mandato na Câmara. Na primeira vez, na década de
90, conseguiu ser eleito com apenas 365 votos. Quatro anos mais tarde, em 2000,
garantiu 1.152, já em 2008, o número de eleitores que escolheram o seu nome na
urna subiu para 1.607.
Mansano
também teve uma grande evolução de votos deste a primeira vez que foi escolhido
até a última. Delegado de Polícia, foi eleito pela primeira vez em 1996 com 488
votos. No ano de 2000 contou com 1.061 e em 2008 garantiu 2.442 eleitores sendo
o vereador mais votado na ocasião.
Toda
esta experiência legislativa absorvida e atuada pelos três vereadores pode ser
transformada em conselhos e sugestões para os novos nomes que a partir de
janeiro de 2013 irão compor o Legislativo caraguatatubense. Para eles, embora
sejam considerados os grandes veteranos da casa, é difícil mostrar e aconselhar
quem chega.
Na
avaliação do petebista de todas as campanhas disputadas por ele esta foi a mais
difícil e preocupante. Mesmo assim, segundo ele, o único conselho para ser dado
aos novatos no Legislativo é calma e tranquilidade. “Quando chegamos para o
primeiro mandato na Câmara confesso, e falo isso por experiência própria,
chegamos meio deslumbrados com a coisa. Sem saber muito quais são as nossas
verdadeiras atribuições e responsabilidades.
Passados
todos estes anos, o que posso dizer é que aos novos companheiros de bancada, é
que temos uma grande responsabilidade e principalmente não temos total
liberdade para criar leis e executá-las. Para uma série de decisões precisamos
de encaminhamentos do departamento jurídico e principalmente do bom
entendimento do Executivo. O vereador, por exemplo, não pode criar leis que
gerem despesas ao Município, ele pode sugerir que o prefeito o faça, mas, não
determinar”, explicou Mansano.
Celsinho
Pereira também foi cauteloso ao falar dos novos companheiros, a única dica
deixada por ele é a de que os vereadores entendam que não poderão resolver
todos os problemas sozinhos. “Tem vereador que quando chega acha que vai
resolver tudo e na prática não é isso que acontece.
Estou
muito animado e contente com os nomes dos eleitos e tenho certeza de que vamos
fazer um bom governo a partir do ano que vem. Temos bons nomes e o que é
principal escolhido pelo povo de nossa cidade”, afirmou Pereira. A reportagem entrou em contato com o vereador
Agostinho Lobo de Oliveira, mas, não o encontrou para comentar o assunto.
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