Jornal Imprensa Livre – seção cartas – 31/7/12
Quando vejo as cenas da CPI
em que aparecem Carlinhos Cachoeira, verdadeiro capo mafioso que tentou
infiltrar sua organização em todo o Estado Brasileiro para dominá-lo -
acompanhado pelo seu advogado e ex-ministro da Justiça Márcio Thomas Bastos,
percebo que esta imagem onde ambos aparecem bem juntos, define bem a situação
da Justiça no Brasil: a lei e o crime se auto sustenta.
Dirão: todos tem direito à
defesa, o que é correto. Dirão: Cachoeira tem dinheiro e pode pagar pelo melhor
(seja lá o que isso quer dizer) e eu direi que também isso é correto.
Mas de onde vem o dinheiro de
Cachoeira? Um ex-ministro da Justiça vende seus serviços à troco de receber
dinheiro sujo de quem se propôs a transformar o Estado brasileiro numa mega
quadrilha? Isso é ético, juridicamente falando?
E de que vai adiantar a Lei
12.694 sancionada por Dilma para garantir maior segurança aos juízes que
investigam as organizações criminosas quando ilustres togados fazem a defesa
dos chefes das mesmas? A mim esta lei não passa de um placebo enganador .
Mara Montezuma Assaf - por email, São Paulo
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