terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Caraguá e Ubatuba são monitoradas contra desastres naturais

Levantamento realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), órgão ligado ao Ministério e Minas e Energia (MME) aponta que Caraguatatuba e Ubatuba estão na listagem dos 11 municípios paulistas monitorados contra desastres naturais. No litoral Norte, elas foram as únicas cidades que fizeram mapeamento das áreas de risco e que hoje integram o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden). Embora com riscos de deslizamentos, São Sebastião e Ilhabela ainda não possuem mapeamento integrado.
Itamambuca- Ubatuba
Os dados oficiais foram divulgados este mês pelo Ministério da Integração Social que, de início, apresentou a situação de 28 municípios em todo o país, sendo a maior na região sul. O mapeamento dos municípios paulistas será apresentado em janeiro de 2012. Nele, devem estar contidos dados com setores de áreas de risco de deslizamentos e enchentes, além de propostas de contenção e de resposta rápida em caso de emergência.

Segundo o chefe do Departamento de Gestão Territorial,Cássio Roberto da Silva, os dois municípios litorâneos realizaram levantamentos anteriores com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Instituto Geológico (IG), órgãos ligados à Secretaria do Estado.

“Esses dados foram integrados ao Cemaden e por meio deles é por isso fazer o monitoramento em tempo real das áreas identificadas”, disse Silva. Ainda conforme ele, esse controle por ser feito pelas Defesas Civis dos municípios, bem como as cidades podem ser informadas no caso da aproximação de uma chuva forte, em especial neste período de tempestades de verão, considerado o período mais chuvoso.
Em Caraguatatuba existem 19 áreas de riscos localizadas nos bairros Olaria (Região Norte), Martin de Sá, Prainha, Cantagalo, Jardim Francis, Benfica, Jardim Califórnia,Rio do Ouro (região central), Cocanha, Sertão dos Tourinhos, Portal Fazendinha (Alto Jetuba), Jardim Santa Rosa (Morro do Chocolate) e Casa Branca (Região Norte) e Serraria, Sumaré, Caputera/Estrela D´Alva, Jaraguazinho,Tinga e Pegorelli (Centro e Sul).
Caraguablog/JFPr 


O detalhamento do IPT apontou as medidas a serem adotadas para evitar tragédias e entre as indicações estão a limpeza de encostas, drenagens e obras de contenções em algumas áreas.

De acordo com o diretor da Defesa Civil do município, Oduvaldo Romano, todos esses setores são monitorados e a própria comunidade sabe como agir no caso de risco iminente. “A Defesa Civil está muito bem estruturada para fazer essas intervenções e temos o apoio de todas as áreas da administração municipal dentro do PPDC (Plano Preventivo da Defesa Civil que vai até o dia 31 de marços de 2012)”.

Além da questão do escorregamento,o município tem o agravante da bacia do rio Juqueriquerê, na Região Sul, que apresenta risco de alagamento com um volume muito grande de chuva, por isso o monitoramento também é constante nesta região.

Em Ubatuba, foram identificadas 63 áreas de risco e ações foram desenvolvidas ao longo do ano com o objetivo de deixar a comunidade preparada. Obras de desassoreamento também foram executadas pra evitar o fácil escoamento das águas no caso de chuva.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, também serão distribuídos nos municípios uma cartilha ensinando o que os moradores podem fazer, onde não se deve construir, o risco que o descarte irregular do lixo pode causar, entre outras informações consideradas úteis. Elas serão distribuídas nas escolas e prefeituras.

Na avaliação do diretor da CPRM, Thales Sampaio, com o mapeamento pode-se salvar vidas, conscientizar a população e governos estaduais e municipais. “Durante o trabalho as equipes avaliaram as áreas e explicaram para a população o risco de viver nesses locais.” O levantamento foi passado para as defesas civis e os órgãos envolvidos do Governo Federal.

De acordo com o trabalho da CPRM, há 47.500 mil pessoas morando em áreas risco em seis municípios do Espírito Santo; 45.986 mil nove cidades de Santa Catarina; 25.526 mil em seis cidades no Rio Grande do Sul; 1.736 em quatro cidades do Paraná, 2.650 em Outro Preto (MG) e 10.160 em Nova Friburgo (RJ).

Na apresentação realizada este mês, o governo federal aponta que o objetivo é ter alertas de desastres, previsão de enxurradas e deslizamentos;a médio prazo, previsão para vendavais, inundações costeiras, entre outros; sistemas de alertas e alarmes (2 a 6h); monitoramento do Risco Local, mapas de risco e modelo digital de terreno; rede integrada de radares e pluviômetros.
Fonte: Imprensa Livre
Caraguablog/JFPr

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