Veja o editorial do jornal A Melhor Idade, que circula em Caraguá, edição de abril:
A Democracia Ameaçada
O Brasil vive um momento
explosivo. As manifestações de ódio e intolerância estão por aí, mescladas às manifestações dos que apenas almejam a paz, prosperidade e um viver tranquilo num estado
realmente ao império das leis. O clamor por Justiça é visto nas ruas, no
retinir das panelas, e, com maior vigor, nos brados viris dos que exigem o fim
de uma corrupção financeira e moral que infecta as instituições.
Pode ser exagero, mas
falam até em contenda civil, em invasão do solo pátrio por países fronteiriços,
promovida por “líderes” que apregoam a defesa de “la democrácia” nas Américas.
Forças de natureza assim tão nefastas parecem conspirar por um embate
derradeiro entre o vermelho-sangue e o verde e amarelo que tanto aprendemos a
amar ao longo da nossa formação cívica.
A ameaça à Democracia
parece ser real e isso naturalmente nos põe de sobreaviso. Não podemos deixar
que uns poucos aloprados provoquem um desastre de tais proporções ao nosso
querido Brasil, por nossa honra própria e em honra daquelas gerações que ainda
virão. Somos todos responsáveis pelo que aconteça a esta terra abençoada,
herdada livre de nossos pais
.
Mas, o que podemos fazer?
Nós, pobres cidadãos, de índole pacifista e afastados da prática de ideologias
e manobras políticas, por vezes rasteiras e criminosas?
Podemos fazer muito;
muito, mesmo. Como o elefante, não temos ciência das próprias forças, mas as
descobriremos dentro de nós, medidas em megatons, no momento exato em que a
cusparada derradeira atingir em cheio a nossa face.
Podemos fazer muito, sim.
Desde o descascar de uma batata, o pregar de um botão dourado, ao empunhar de
uma lança. Tal o beija-flor, que com suas idas e vindas procurava apagar o
incêndio da floresta, levando ínfima quantidade de água, podemos improvisar,
usar da criatividade nata em cada um de nós, mas jamais ficar silentes ou
acovardar diante de desmandos e da ação de forças malignas.
Uma andorinha só não faz
verão. Milhões delas, sim...
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