segunda-feira, 18 de maio de 2015

Guia lista espécies ameaçadas de extinção e ajuda na compra de peixes

Cidades da Baixada Santista, estão inseridas no projeto. São Sebastião, no Litoral Norte paulista, também faz parte do projeto.
Com o objetivo de ajudar os consumidores na hora da compra de pescados, o Projeto Pescador Amigo desenvolveu, em parceria com o Centro Universitário Monte Serrat (Unimonte), de Santos, no litoral de São Paulo, um guia de consumo responsável. O material lista os animais que correm risco de extinção e aqueles que podem ser consumidos normalmente.
 
Guia irá auxiliar consumidores na hora da compra do pescado 
 O guia está em sua segunda edição e classifica os pescados em três categorias: “Bom Apetite”, “Coma com Moderação” e “Evite”. A primeira contempla as espécies abundantes; já a segunda informa aquelas em declínio e a terceira aborda as ameaçadas de extinção.
No Brasil, 98 espécies de peixes marinhos são classificadas como ameaçadas de extinção pelo Ministério do Meio Ambiente. No Estado de São Paulo, 118 espécies de peixes marinhos são reconhecidas como ameaçadas, enquanto outras sete são consideradas regionalmente extintas, 16 colapsadas, 45 sobreexplotadas e 50 ameaçadas de sobreexplotadas.

Cartaz será afixado para tirar dúvidas 
na hora da compra do peixe 
A coordenadora geral do Projeto Pescador Amigo, Thais Santos, explica que o guia está disponível nas versões impressa, pocket e digital. Esta última permite a busca pelo nome popular das espécies listadas. Já a versão impressa será distribuída em eventos e ações de educação ambiental. “O primeiro guia foi feito em 2008, então era preciso uma atualização. Esse trabalho começou em 2013. Montamos uma equipe e realizamos um workshop com especialistas no assunto. O importante é que os consumidores, agora, podem ter acesso a esse tipo de informação, seja pela internet ou pessoalmente, quando comprarem o pescado”, diz.

Na versão online, a ideia é que o guia possa ser atualizado de tempos em tempos. “O objetivo é que a versão impressa não fique mais desatualizada. Essa é a ideia. O guia deve ser atualizado sempre que tivermos novas informações científicas sobre as espécies, sobre quais são mais ou menos recomendáveis para o consumo”, comenta Thais.
Além disso, por meio da consulta na web, os consumidores podem acessar uma série de informações extras a respeito do tema. “A pessoa pode fazer a busca por espécie, pois temos fichas técnicas completas, com nome científico, onde se encontra e tipo de técnica empregada na pesca. Ainda temos as bibliografias científicas, para as pessoas que quiserem se aprofundar mais no assunto”, conclui a coordenadora.

Todas as cidades da Baixada Santista, exceto Cubatão, estão incluídas como roteiros do guia. São Sebastião, no Litoral Norte paulista, também faz parte do projeto.
Rodrigo Martins/ G1 Santos

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