A festa prevista para
acontecer no dia 15 em conformidade com a Lei Municipal 460/85, que incluiu a
data no Calendário Oficial, foi transferida devido a contratempos.
Segundo as responsáveis pela
iniciativa, Sílvia do Amparo e Lavínia de Matos, além de evidenciar o dia do
caiçara, a finalidade também é resgatar a cultura dos nativos unindo os
remanescentes dos bairros que ficam entre Toque-toque Grande e Boracéia.
Entre as atrações da
festividade estão a apresentação de bandas musicais compostas por caiçaras;
“contação de causos” pela historiadora local – Neide Palumbo; Folia de Reis;
projeção de fotos, filmes e vídeos sobre a vida e os costumes dos nativos;
degustação de comidas típicas preparadas em ambiente natural, decorado com
apetrechos da pesca; além da apresentação de um projeto elaborado por caiçaras:
uma árvore genealógica com mais de 4 mil nomes.
Durante a interação dos
nativos remanescentes, a ideia também é dar ênfase especial ao “dicionário verbal”
típico caiçara, que será revisto e acrescido de antigos termos já esquecidos
pelos atuais moradores da região.
O cadastramento de toda
população caiçara presente, com amplo registro fotográfico e filmagem, é o
ponto alto do encontro. “É uma forma de garantir a sequência dos esforços de
preservação dessa comunidade”, destacou Sílvia.
A expectativa dos
organizadores é atrair cerca de mil pessoas entre moradores, veranistas e
turistas.
Caiçara
O termo caa-içara é de origem
tupi-guarani. No contexto cultural, a junção das duas palavras significa
literalmente “armadilha de galhos” (caa = galhos, pau, mato/içara = armadilha).
O termo também designa as comunidades de pescadores tradicionais nascidos na
região litorânea dos estados do Paraná, São Paulo e sul do Rio de Janeiro.
Serviço: Com entrada franca,
o evento será realizado, das 10h às 17h, na Praça da Mentira, localizada em
frente à capela Nossa Senhora da Conceição e nas imediações da barra do Rio
Boiçucanga, onde há concentração de pescadores.
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