ASP, diz que a conquista
traria aos jovens a mensagem de que sonho é possível. Kelly Slater valoriza
feito histórico para o país do surfe e futebol
O surfe tornou-se um esporte
profissional há 38 anos, e nunca houve um campeão mundial brasileiro ou
sul-americano. Em todo esse tempo, apenas dois sul-africanos quebraram a
hegemonia americana, havaiana e australiana. Shaun Tomson, em 1977, e Martin
Potter, em 1989, que, embora tenha nascido na Inglaterra, mudou-se aos dois
anos para Durban, na África do Sul, onde cresceu e aprendeu a surfar. Vinte e
cinco anos depois, um menino que saiu da praia de Maresias, na pequena cidade
de São Sebastião (SP), vem superando barreiras e pode fazer história como o
primeiro brasileiro campeão mundial no surfe. Gabriel Medina, de 20 anos, já
provou seu talento em inúmeras façanhas.
Foi o mais jovem a entrar
para o Circuito Mundial de Surfe (WCT), em 2011, o mais novo a vencer uma
etapa, em Hossegor, na França, é o brasileiro com mais vitórias (5) na elite do
surfe e o que liderou o ranking mundial por mais tempo. Nesta temporada, ele
ficou no topo em nove de 10 etapas e pode igualar Kelly Slater ao sagrar-se
campeão com a mesma que o mito tinha na época de seu primeiro título. O
surfista também foi o primeiro do país a vencer em Snapper Rocks, na Gold Coast
australiana, e nas ilhas Fiji.
Medina, surfe, Pipeline
(Foto: Marcio Fernandes / Ag. Estado)
Medina está perto de fazer
histórico com inédito título mundial para o Brasil no surfe (Foto: Marcio
Fernandes/Ag. Estado)
No seu caminho para a
conquista histórica, Medina terá de superar Slater, dono de 11 títulos
mundiais, e Mick Fanning, que tem três na coleção. Basta um tropeço dos rivais
para Gabriel se consagrar. Para o diretor da Associação de Surfistas
Profissionais (ASP), Renato Hickel, ter o jovem como campeão é muito mais
interessante do que mais um troféu dos veteranos.
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