quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Vereadores criticam empresa de ônibus por não responder requerimentos

Ilhabela - Um requerimento apresentado pela vereadora Benedita Gonzaga – Profª Dita (PTB) durante a última sessão ordinária da Câmara de Ilhabela (22/10), na qual questiona a falta de resposta de um outro requerimento enviado em setembro, gerou uma série de criticas à empresa Fênix, responsável pelo transporte coletivo no arquipélago.

A parlamentar reiterou na noite de terça-feira, um pedido feito no mês passado para que a empresa enviasse ao Legislativo uma série de informações, como o mapa viário do município com identificação de todas as linhas existentes, cópias da planilha de custos, do processo administrativo fundamentador do aumento da tarifa e da planilha da quilometragem rodada de toda frota durante o mês de agosto.

De acordo com a vereadora, o primeiro requerimento foi recebido pela empresa no dia 12 de setembro e até o momento nenhuma resposta foi enviada à Câmara. “Mais que uma falta de respeito com esta Casa e seus vereadores, vejo uma grande falta de respeito com a comunidade de Ilhabela, com a população que depende desse serviço de péssima qualidade que está sendo prestado”, criticou.

O novo requerimento ganhou a assinatura de todos os parlamentares e um pedido de discussão pelo vereador Dr. Thiago Santos (SDD), que usou seu tempo para parabenizar a colega pela iniciativa e se colocar solidário aos munícipes que frequentemente apresentam reclamações sobre a empresa. “Outro dia falamos aqui nesta Casa que a Elektro prestava o pior serviço para a cidade, mas hoje afirmo que com certeza o pior serviço prestado aos munícipes vem dessa empresa, que não respeita horário, deixa a comunidade esperando por 40, 50 minutos um ônibus, faz o que quer do jeito que quer e como quer”, disparou.

A vereadora Professora Dita também criticou a postura de alguns motoristas que estariam se recusando a levar passageiros que apresentam notas acima de R$ 20 para pagar a passagem. “Será que é Lei, é obrigatório estipular troco máximo? Acho um absurdo exigir isso do cidadão, se eu tenho R$ 50 e quero andar de ônibus, a obrigação da empresa é ter troco, não se recusar a levar o passageiro ou sugerir que ele desça na garagem para pegar seu troco. E se o ponto dele for outro? É um absurdo”.

Outro fator apontado pelo vereador Dr. Thiago foi a saída dos cobradores, que sobrecarrega o motorista e atrasa a viagem, além de colocar em risco a segurança dos usuários. “Tiraram os cobradores, o motorista tem que dirigir e cobrar passagem, fica impossível cumprir horário, pois aumenta o tempo das viagens, além de ser um risco de acidentes no trânsito”.

Em setembro passado, o vereador Carlos Alberto, Carlinhos (PMDB) também apresentou requerimento questionando a grade de horários, que segundo alguns munícipes não estava sendo cumprida ou foi alterada sem prévio aviso.


Para finalizar a discussão, a vereadora Professora Dita avisou que se não houver resposta ao novo requerimento, irá ao Ministério Público. “Vou acionar o Ministério Público. É impossível que essa gerente tenha tanta coisa pra fazer que não possa responder aos nossos questionamentos. Se não responder vou ao MP e se puder fazer campanha contra essa empresa eu vou fazer”, concluiu.

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