Ilhabela - Um requerimento apresentado pela vereadora
Benedita Gonzaga – Profª Dita (PTB) durante a última sessão ordinária da Câmara
de Ilhabela (22/10), na qual questiona a falta de resposta de um outro
requerimento enviado em setembro, gerou uma série de criticas à empresa Fênix, responsável
pelo transporte coletivo no arquipélago.
A parlamentar reiterou na noite de terça-feira, um pedido
feito no mês passado para que a empresa enviasse ao Legislativo uma série de
informações, como o mapa viário do município com identificação de todas as
linhas existentes, cópias da planilha de custos, do processo administrativo
fundamentador do aumento da tarifa e da planilha da quilometragem rodada de
toda frota durante o mês de agosto.
De acordo com a vereadora, o primeiro requerimento foi
recebido pela empresa no dia 12 de setembro e até o momento nenhuma resposta
foi enviada à Câmara. “Mais que uma falta de respeito com esta Casa e seus
vereadores, vejo uma grande falta de respeito com a comunidade de Ilhabela, com
a população que depende desse serviço de péssima qualidade que está sendo
prestado”, criticou.
O novo requerimento ganhou a assinatura de todos os
parlamentares e um pedido de discussão pelo vereador Dr. Thiago Santos (SDD),
que usou seu tempo para parabenizar a colega pela iniciativa e se colocar
solidário aos munícipes que frequentemente apresentam reclamações sobre a
empresa. “Outro dia falamos aqui nesta Casa que a Elektro prestava o pior
serviço para a cidade, mas hoje afirmo que com certeza o pior serviço prestado
aos munícipes vem dessa empresa, que não respeita horário, deixa a comunidade esperando
por 40, 50 minutos um ônibus, faz o que quer do jeito que quer e como quer”,
disparou.
A vereadora Professora Dita também criticou a postura de
alguns motoristas que estariam se recusando a levar passageiros que apresentam
notas acima de R$ 20 para pagar a passagem. “Será que é Lei, é obrigatório
estipular troco máximo? Acho um absurdo exigir isso do cidadão, se eu tenho R$
50 e quero andar de ônibus, a obrigação da empresa é ter troco, não se recusar
a levar o passageiro ou sugerir que ele desça na garagem para pegar seu troco.
E se o ponto dele for outro? É um absurdo”.
Outro fator apontado pelo vereador Dr. Thiago foi a saída
dos cobradores, que sobrecarrega o motorista e atrasa a viagem, além de colocar
em risco a segurança dos usuários. “Tiraram os cobradores, o motorista tem que
dirigir e cobrar passagem, fica impossível cumprir horário, pois aumenta o
tempo das viagens, além de ser um risco de acidentes no trânsito”.
Em setembro passado, o vereador Carlos Alberto, Carlinhos
(PMDB) também apresentou requerimento questionando a grade de horários, que
segundo alguns munícipes não estava sendo cumprida ou foi alterada sem prévio
aviso.
Para finalizar a discussão, a vereadora Professora Dita
avisou que se não houver resposta ao novo requerimento, irá ao Ministério
Público. “Vou acionar o Ministério Público. É impossível que essa gerente tenha
tanta coisa pra fazer que não possa responder aos nossos questionamentos. Se
não responder vou ao MP e se puder fazer campanha contra essa empresa eu vou
fazer”, concluiu.
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