A vereadora presidente da Câmara de Ilhabela, Gracinha
Ferreira (PSD) esteve na Capital na última quarta-feira (8/5) onde visitou o
Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (Cedir) da Universidade
de São Paulo (USP), a convite da coordenadora do Centro de Triagem, Esméria
Regina da Silva. O chefe de Seção da
secretaria de Meio Ambiente, Waldemir Oliveira, completou a comitiva que foi
conhecer o trabalho feito para descarte e reuso dos equipamentos de informática
da Universidade, com vista a encontrar um destino adequado aos resíduos que são
direcionados ao Centro de Triagem do arquipélago.
A equipe de Ilhabela foi recebida pela superintendente de
Tecnologia e Informação do Cedir, Neuci Bicov, e participou de uma palestra com
visita monitorada ao local. “O descarte
correto dos resíduos eletrônicos é muito importante para a preservação do meio
ambiente e se efetuado de maneira correta pode aumentar a renda das famílias
que dependem do Centro de Triagem”, observou a presidente da Câmara, vereadora
Gracinha.
Neuci apresentou diversas alternativas e contatos de
empresas que comercializam esse tipo de resíduo e se disponibilizou a visitar o
arquipélago para elucidar dúvidas e oferecer orientação aos trabalhadores do
Centro de Triagem sobre como separar corretamente as peças dos dispositivos
eletrônicos.
Conscientização
Outra sugestão foi a criação de um consórcio ou parceria
entre as cidades limítrofes, com a realização de ações conjuntas que visem a
conscientização casa a casa das famílias sobre a importância do descarte
correto dos resíduos sejam eles eletrônicos ou não, trabalho que já é feito
pelo Centro de Triagem e pela Prefeitura de Ilhabela, por meio das Secretarias
do Meio Ambiente e de Educação. “A solução para os problemas dos resíduos está
na união entre os municípios. As microrregiões é que podem resolver o
problema”, avaliou Neuci Bicov.
A superintendente
ressaltou ainda que esse modelo de parceria entre municípios com ações
microrregionais é utilizado há 20 anos na Europa com sucesso, no entanto,
apesar de duas décadas de trabalho de elaboração e implantação de lei de
diretrizes sobre os resíduos sólidos, a taxa de reciclagem ainda é pequena. “A
meta da Europa é chegar a 30% de reciclagem nos próximos quatro anos”,
destacou.
No Brasil, a média praticada é bem menor, ou seja, de todo
lixo coletado, o país recicla cerca de 2%. Na Capital, o índice é de 1% e nesse
contexto, Ilhabela apresenta um cenário mais positivo: atualmente o arquipélago
recicla cerca de 10% do lixo coletado. “É uma situação bem mais confortável se
compararmos a média da Capital e mesmo a nacional, mas não podemos parar por
aí, precisamos trabalhar para aumentar esse índice cada vez mais”, observou a
coordenadora do CT, Esméria Silva.
Imprensa CMI: Leninha Viana
Caraguablog/JFPr
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