A presidente da Casa, vereadora Gracinha Ferreira (PSD), homenageou o professor Adriano Leite, grande incentivador das causas culturais da cidade. Adriano dedica sua vida ao resgate e promoção da cultura da cidade, tendo sido um dos colaboradores da criação da Fundação Arte e Cultura de Ilhabela (Fundaci), idealizador da Congada Mirim, da formação do Grupo Raízes de Ilhabela, da participação do município em feiras culturais como o Revelando São Paulo, incentivador do resgate e manutenção das festas tradicionais nas Comunidades Tradicionais e na orla, além de realizar diversos projetos pedagógicos e artísticos, sempre voltados ao cunho da cultura caiçara. Escreveu o livro “Congada de São Benedito” e prestou consultoria técnica a projetos da TV USP e da edição do livro “Os Meninos da Congada”, de Maristela Colucci.
Já a vereadora Professora Dita (PTB) indicou os caiçaras
Djalma Nascimento e Maria da Silva Pinto Albuquerque.Djalma nasceu no bairro da
Armação, região norte da Ilha e dedicou boa parte da sua vida à pesca.
Marinheiro particular, conheceu vários lugares do país, atuou também como
gerente de náutica do Yacht Clube de Ilhabela e como conselheiro do Esporte
Clube Ilhabela. Atualmente procura manter viva a tradição cultural de devoção a
São Pedro, padroeiro dos pescadores, estando à frente da Apari (Associação dos
Pescadores Artesanais de Ilhabela), colaborando para a realização de eventos de
resgate da culinária caiçara, como os festivais da Sardinha e da Tainha.
Maria Albuquerque, a popular Dona Izanil, é filha de Eva
Esperança Silva, saudosa parteira do arquipélago. Herdou da mãe a
responsabilidade de levar à frente a Ucharia de São Benedito, tarefa que
desempenha com fervor e dedicação no auge de seus 85 anos. Até aposentar-se,
Izanil trabalhou no setor de enfermagem do Hospital de Clínicas de São
Sebastião e na Santa Casa de Misericórdia de Ilhabela. A Unidade de Saúde da
Família da região da parte alta da Barra Velha leva o seu nome.
Os homenageados do vereador Luizinho da Ilha (PCdoB) foram
Daniel Julião e Gilmar Pinna. Daniel nasceu e foi criado no bairro do Portinho,
região sul de Ilhabela, onde fez fama com sua contação de histórias sobre a
cultura caiçara, dom que herdou do pai, seu Manezinho. Após aposentar-se como
marinheiro dos rebocadores da Petrobras, Daniel Julião passou a dedicar-se à
fabricação de farinha e banana desidratada (banana passa), contribuindo para a
perpetuação de tradições culinárias caiçaras. Outro lado bem conhecido do ilhéu
é o artístico. Atuou como diretor de peças de teatro sobre tradições caiçaras
em 1987 e teve participação com seus poemas e contos no documentário “Os Donos
da Ilha”.
Gilmar Pinna começou sua carreira na infância, esculpindo
arte nas areias de Ilhabela. Mais tarde, ao trocar a areia pelo metal, fez fama
internacional, levando seu trabalho para o Brasil e diversos países, como
Estados Unidos, Suíça, Portugal, Espanha e Itália. O amor por sua cidade é
latente em qualquer lugar que esteja e a divulgação do nome de Ilhabela ao
mundo rendeu-lhe o título de Embaixador Cultural do arquipélago, concedido pela
Câmara Municipal em 2007. Uma das principais ações em benefício da cultura foi
o tratado de “cidades irmãs”, firmado entre Ilhabela e a cidade de Louzada, em
Portugal, para intercâmbios culturais, educacionais e de turismo, entre outras
ações.
Moções
Ainda no clima de homenagens à cultura caiçara, a Câmara
aprovou por unanimidade duas moções de Louvor, a primeira, dedicada ao senhor
Dito de Pilaca, tradicional Rei da Congada de São Benedito, proposta pelo
vereador Luizinho da Ilha (PCdoB). “Apresento essa moção com o objetivo de
fortalecer as raízes da Congada, para não deixar morrer essa tradição, que ela
fique enraizada na gente. O seu Dito dedicou sua vida à Congada, o faz por
promessa de devoção, merece muito ser homenageado por essa Casa”, defendeu
Luizinho.
A outra moção foi dedicada à senhora Benedita Aparecida
Leite Costa, Dona Ditinha, pelos relevantes serviços prestados à comunidade.
Mestre na arte de transformar fibras em produtos artesanais, Dona Ditinha
ensina o ofício tradicional nas Oficinas Culturais da Fundaci e lidera as
famílias da Comunidade Tradicional da Ilha de Búzios na confecção de peças que
representam mais de 50% do valor da renda dessas pessoas. A homenagem foi
proposta pelo vereador Sampaio Junior (PTdoB). “Nada mais justo que esta Casa
renda homenagem à Dona Ditinha, principalmente pela dedicação aos seus. É uma
homenagem extremamente merecida dentro da Semana da Cultura Caiçara, quem a
conhece sabe da pessoa boníssima que ela é”, destacou Sampaio.
Imprensa CMI: Leninha Viana
Caraguablog/JFPr
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