Movimento intenso na Rodovia dos
Tamoios
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A Rodovia dos Tamoios deverá ser concedida à iniciativa
privada e ganhar cobrança de pedágio, como ocorreu com o sistema Ayrton
Senna/Carvalho Pinto.
O modelo da concessão está ligado ao término das obras de
duplicação da rodovia, especialmente ao trecho de serra, cujo projeto está em
fase de licenciamento ambiental. O custo é avaliado em R$ 2 bilhões.
Caso o governo estadual opte por manter a obra pública,
licitando a construção da serra, como vem sendo feito no trecho de planalto e
nos contornos de São Sebastião e Caraguatatuba, a concessão seria feita após o
términos das obras, até 2018.
Mas se o Estado resolver fazer a obra da serra em uma PPP
(Parceria Público-Privada), a concessão poderia entrar no pacote antes disso.
A empresa ou o consórcio vencedor da PPP construiria os 22
quilômetros do trecho de serra e, em contrapartida, administraria toda a
rodovia, podendo cobrar pedágio dos usuários.
“Entendo que a rodovia será concedida. Se houver PPP para a
serra, deverá ser concedida nesse processo. Senão, mais para a frente. E
teremos a cobrança de pedágio”, disse Laurence Casagrande Lourenço, presidente
da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A).
A decisão pela PPP ou não dependerá do custo total da obra,
que só será conhecido após a fase de licenciamento ambiental do trecho de
serra, que deve terminar até maio deste ano. A previsão da Dersa é que as obras
comecem ainda em 2013.
Digital. O modelo
de pedágio a ser adotado na Tamoios, segundo Lourenço, seria o mesmo que está
em fase de testes em duas rodovias estaduais, a Engenheiro Constâncio Cintra
(SP-360), entre Itatiba e Jundiaí, e a Santos Dumont (SP-75), que liga Sorocaba
a Campinas.
Trata-se do sistema ‘Ponto a Ponto’, parecido com o ‘Sem
Parar’ adotado na via Dutra.
Nele, todos os usuários que trafegam pela rodovia pagam pelo
trecho rodado, e não mais em praças de pedágio. Paga-se pela quantidade de
quilômetros rodados na estrada.
O controle é feito em pórticos fixos colocados em pontos
definidos da rodovia que “contam” os quilômetros rodados de cada veículo, que
deverão ter um equipamento instalado.
O pagamento por ser feito por créditos ou pela internet.
“A tarifa é por quilômetro e é menor. Paga-se o trecho que
for usar, e todos pagam”, disse Lourenço.
Repercussão.
Motoristas dividem-se quanto à cobrança de pedágio na Tamoios. Quem mora na
região, não gostou da medida. Já turistas elogiaram o sistema por causa da
segurança e da manutenção da via.
“A gente convive com esse tráfego há anos e nunca tivemos
nenhum benefício”, disse o aposentado Antônio Castro, 60 anos, de Paraibuna.
Fonte: O Vale - Xandu Alves/Foto: Marcelo Caltabiano
Caraguablog/JFPr
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