por Álvaro Alencar Trindade*
O dia 8 de março próximo, data
em que vocês, minhas amigas, estarão lendo este artigo, comemora-se em todo o
mundo o Dia Internacional da Mulher.
É cada vez maior a participação
das mulheres em atividades que, outrora, eram exclusivamente desempenhadas por
homens.
Nos Estados Unidos, a divisão
de empregos entre os dois sexos já está bem próxima da igualdade matemática:
lá, as mulheres, que em 1950 ocupavam apenas 30% dos postos de trabalho, hoje
ocupam 48%, quase a metade. No Brasil, a participação das mulheres no mercado
de trabalho já atinge 44%.
Também no âmbito da chefia
familiar as mulheres vêm-se destacando mais. Informa o IBGE que entre 1995 e
2005 o número de brasileiras que chefiam famílias aumentou oito vezes.
Atualmente, elas proveem economicamente a 28% (quase um terço) dos lares do
Brasil.
Num campo concreto, de grande
importância, as mulheres já superaram os homens: 56% das pessoas que, no
Brasil, têm 12 ou mais anos de estudo são mulheres e apenas 44% são homens.
Muitos postos no ensino superior estão, atualmente, ocupados por mulheres,
assim como na magistratura e até mesmo nas Forças Armadas e nos órgãos
policiais.
As mulheres têm expectativa de
vida maior do que os homens, no Brasil e em todo o mundo. Se nós, homens, não
tomarmos cuidado, muito em breve poderemos ser nós o "sexo frágil"...
35 mulheres foram, até o
momento, premiadas com o Nobel. Uma mulher, a búlgara Daniela Simidchieva, é
considerada atualmente a pessoa mais inteligente do mundo. Seu QI atinge a
incrível cifra de 192! Mais de 500 prefeitas estão, no momento, à testa de
municipalidades de todo o Brasil. Vários países ─ inclusive dois da América do
Sul ─ têm atualmente presidentes de sexo feminino.
Uma grande cientista
brasileira, a física Dra. Belita Koiller, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, recebeu em 2005 o ambicionado prêmio Unesco-L'Oreal, no valor de 100
mil dólares, devido às pesquisas que desenvolveu acerca das propriedades dos
cristais e sobre sua aplicação nas modernas tecnologias digitais.
Antes da Dra. Belita, outras
duas cientistas brasileiras já haviam recebido o mesmo prêmio: a geneticista
Dra. Mayana Zats, no ano de 2001, e a bioquímica Profa. Lúcia Mendonça
Previato, no ano de 2004.
Vemos, assim, que em todas as
áreas, na Ciência, no mundo empresarial, na cultura, nas artes, na política
etc., em todas elas vocês, mulheres, estão marcando presença, estão disputando
espaço com os homens e estão conquistando posições..
No que respeita aos diretos
políticos e de cidadania, nos últimos anos, as conquistas foram significativas,
notadamente com a edição da Lei nº11.340/2006 (Maria da Penha) pelo Presidente
Lula e com a edição da nova lei que beneficia os trabalhadores domésticos,
mulheres em sua grande maioria. Tempo de comemorar. Tempo de refletir.
Desde logo, porém, há que se
reconhecer: só há um campo em que vocês, mulheres, não podem competir conosco.
Não podem competir... porque não precisam competir. É um campo em que a
superioridade de vocês é incontestável...
É o campo da Beleza, da
Maternidade, do Eterno Feminino!
* * *
A vocês todas, mulheres, neste
dia 8 de março, apresento minhas felicitações e meus votos sinceros para que,
cada vez mais, vocês tenham reconhecidos seus legítimos direitos no mundo inteiro.
E para que, cada vez mais,
vocês contribuam como só vocês são capazes de contribuir, para o bem estar da
Humanidade, com seu talento, com seu dinamismo, com sua cultura, com seu
encanto tão especial e especialmente com a sua participação na vida pública.
Álvaro Alencar Trindade é advogado.
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