Condutor de
lancha é submetido a teste do bafômetro na região de Caraguatatuba
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Condutores de barcos, lanchas, jet skis e botes vão passar
pelo teste do bafômetro em blitze da Marinha nas praias do litoral norte
paulista durante a temporada de verão. A Capitania dos Portos intensificou a
fiscalização e vai aplicar a nova lei seca. A Operação Verão vai até 17 de
março em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e prefeituras da
região.
Nesta época do ano, o litoral norte deverá receber entre 1,5
milhão a 2 milhões de turistas, quando são registrados acidentes no mar,
envolvendo principalmente lanchas e jet skis, muitos deles resultando em
mortes, como ocorreu no dia 18 de fevereiro deste ano, em Bertioga, quando a
menina Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, foi atropelada por um jet ski
conduzido por dois menores.
Durante as abordagens, oficiais da Marinha vão usar o
bafômetro para evitar que proprietários ou condutores de embarcações trafeguem
alcoolizados. Segundo o delegado da Capitania dos Portos em São Sebastião,
capitão-de-fragata Alexandre Motta de Sousa, também são verificadas
documentação, habilitação e condições da embarcação, além de equipamentos de
segurança, como coletes e boias salva-vidas, extintores de incêndio, luzes de
navegação e lotação.
Na sexta-feira, oficiais abordaram lanchas de recreio e
botes que conduzem banana boats nas praias de Caraguatatuba. Dois deles foram
notificados, um por não ter proteção na hélice - já que os turistas caem do
equipamento propositalmente para oferecer mais diversão - e outro por não
apresentar documentação. As abordagens também são feitas por terra.
Em Caraguatatuba, segundo a prefeitura, os pontos de maior
concentração de barcos são as praias da Martin de Sá e Tabatinga. Sousa afirmou
que enviou sugestões às prefeituras para que criem raias de demarcação, que
servem como "corredor" para entrada e saída de barcos nas praias e,
assim, disciplinar o trânsito de embarcações.
"As embarcações que não utilizam motor podem navegar a
100 metros da faixa de arrebentação. Já os barcos motorizados devem trafegar a
200 metros da praia. Grande parte das ocorrências registradas na época está
relacionada à falta de habilitação. As penalidades vão desde multa à cassação
da carteira", explica Sousa.
Ainda segundo o delegado, além da segurança da navegação, a
preservação da vida humana no mar e a prevenção da poluição hídrica também
serão observados durante a operação.
Reforço. A Marinha do Brasil deverá enviar duas embarcações
do Rio de Janeiro para auxiliar na fiscalização de lanchas que ancoram nas
ilhas e ilhotas do litoral norte, que recebem grande número de barcos nesta
época. Ao menos 50 oficiais trabalharão diariamente na fiscalização das praias
da região. Cerca de 20 inquéritos de acidentes marítimos são abertos pelo órgão
anualmente. Ao todo, 22 mil embarcações estão registradas na área de atuação do
órgão, que também inclui o Vale do Paraíba. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Fonte: AE - Agência Estado/Foto: Reginaldo Puppo
Caraguablog/JFPr
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