Estão dizendo por aí, e isso já faz um tempão, que o mundo
irá acabar no dia 21 de dezembro deste ano. Neste mês, portanto. Em outras
palavras: não teremos do nosso querido Natal.
Para muitos, o bom nisso é que não precisarão gastar
dinheiro com presentes. O ruim, para outros, é o mesmo: não poder oferecer
mimos aos entes queridos e amigos. Há gosto para tudo.
Piadas à parte, o que há de verdadeiro nessa estória do fim
do mundo?
Não é de hoje que pregam essas catástrofes. Acaso tivesse
prevalecido a sombria previsão das Testemunhas de Jeová, o mundo teria sido
destruído no início de 1975. E olha que esses pregadores do Evangelho são muito
cuidadosos e suas análises foram feitas a partir de indícios encontrados na
Bíblia, combinados com eventos iniciados a partir da primeira guerra mundial,
em 1914. Preconizavam que a geração desse ano veria o “final dos tempos”.
Como se sabe, erraram.
A conversa fiada depois girou em torno do ano 2000,
baseando-se em postulado como “a dois mil chegará, mas de dois mil não
passará”. Tudo conversa pra boi dormir, como pudemos presenciar. O que
aconteceu de mais grave foi ter de rever programas de computador e acertar
datas com quatro dígitos.
Agora voltam à carga para dizer que o povo Maia, metidos a
entendedores dos astros, previu que o desastre final seria agora, no dia 21 de
dezembro. Ficam doces na boca de religiosos, místicos e palpiteiros palavras
como “armagedom”, “apocalipse”, “fim domundo”, “juízo final”, “fim de um ciclo”
e coisas do gênero. Os mais otimistas pregam “o ano em que esta era terminará e
outra, melhor, será iniciada”. Que bom!
Até enchem a boca para afirmar que Maias, Celtas, Egípcios, Nostradamus
e diversos profetas, chineses e budistas, religiosos das mais diferentes
crenças, inclusive cientistas, confirmam que o mundo tal como o vemos hoje poderia
estar com os seus dias contados. O motivo seria um raro alinhamento astral, que
ocorre a cada 26 mil anos, que poria fim a tudo, procurando assim atribuir base
científica a suas fantasiosas pregações.
Como se sabe, é preciso bom senso em tudo. Até para
interpretar previsões sombrias e divertidas que dão conta do fim do nosso
querido mundinho. Vale como passatempo.
Um bom fim de mundo para todos. Mas, acaso ele não ocorra, ou
se sobrevivermos, tenham todos um bom Natal e um Ano-Novo repleto de
realizações.
Editorial do Jornal A Melhor Idade – dezembro/2012
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