Veranistas e
moradores do bairro Martin de Sá, em Caraguatatuba, estão indignados com um
"boleto-surpresa" que receberam de uma empresa contratada pela
prefeitura para pavimentar ruas do bairro.
Pavimentação Martim- TV Vanguarda |
Eles alegam
que não foram notificados pela prefeitura sobre as obras e que o valor cobrado
pelo serviço, para cada morador, é muito alto. Mesmo com as opções de
parcelamento ou à vista com desconto, eles acreditam que o valor cobrado em
cima do valor venal do terreno é errado, pois o espaço bloquetado
correspondente a cada residência é pequeno.
A moradora
Ruth Andrade explica o que ocorreu e o que pode acontecer com quem se negar a
sanar a dívida.
“Há um ano
fizeram pavimento na rua aqui. E sem aviso, sem nada, agora mandaram uma
cobrança de R$ 5 mil para pagarmos até o dia 30. Se caso não pagarmos ficará
como dívida ativa na prefeitura”, conta.
Irritado com
a situação, Ricardo de Mello disse que o preço cobrado pela prefeitura não
condiz com a qualidade do produto oferecido.
“É um valor
irreal. Pagar R$ 5 mil em um trabalho que, primeiro que foi mal feito. A rua
está toda torta, a qualidade do produto que foi colocado é de péssima
qualidade. Tanto que na outra vizinhança ali as pedras já se quebraram todas
por causa das máquinas passarem. Espero que aqui não aconteça”, explica Mello.
Outra
reclamação é a forma que a prefeitura está realizando os cálculos para a
cobrança. Alguns vizinhos receberam boletos com valores maiores, o que tem
causado dúvidas, como explica Luiz Gonzaga Filho.
“Pra mim
veio um valor, para o vizinho do lado veio outro. O que a gente gostaria de
saber é a metragem. Se eles estão cobrando por metro quadro, como eles estão
fazendo? Eu sei que têm vizinhos, por exemplo, que estão pagando, mas tem
vizinho de frente. O meu não tem vizinho de frente, então eu tenho que pagar
tudo? Isso eles não explicam pra gente. É isso que a gente gostaria de saber
como é que funciona”, disse o morador.
Segundo o
prefeito Antônio Carlos da Silva, ao G1 Vale do Paraíba e Região, a conta por
essa melhoria no bairro Martin de Sá será dividida metade, metade, entre
prefeitura e moradores.
“Na cidade
de Caraguá não foi feita infraestrutura, os loteamentos todos antes da lei que
regulamenta loteamentos. A pessoa abre uma rua, larga tudo pra prefeitura
fazer, pra cidade fazer, a pessoa compra imóvel mais barato, na hora de se
fazer infraestrutura tem que ter a contribuição da maioria daquele imóvel, se
não a gente não tem dinheiro pra fazer. A prefeitura está bancando metade e
cobrando metade para poder fazer os outros bairros”, argumenta Antônio Carlos.
Com relação
aos valores, o prefeito disse que pode rever alguns boletos.
“Aquele que
tem um valor superior pode vir aqui na prefeitura, procurar o jurídico e a
gente vai ver o que pode ser feito”, completa o prefeito.
G1 Vale do Paraíba e Região
Caraguablog/JFPr
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