Maior cidade do Litoral Norte, com 104 mil habitantes,
Caraguatatuba elevou o orçamento entre 2011 e 2012 de R$ 269 milhões para R$
378 milhões em razão dos royalties da exploração de gás e petróleo pagos pela
Petrobras.
Tanto dinheiro para gastar é disputado por quatro candidatos
à prefeitura, um deles o prefeito Antônio Carlos da Silva (PSDB), que tenta a
reeleição.
Ele é alvo de críticas dos três oponentes, Rodolfo Fernandes
(PT), Omar Kazon (PR) e José Pereira de Aguilar (PDT), que acusam o tucano de
gerir inadequadamente os recursos e de não priorizar a área social, em especial
a saúde e o crescimento.
Favelas. “Já
temos favelas na cidade e isso tem que ser contido para evitar o crescimento
desordenado”, disse o aposentado José Pereira de Aguilar, 62 anos, que foi
vereador por oito anos e prefeito de Caraguá, de 2005 a 2008.
Ele disse que usa a experiência para driblar a campanha
curta que fará até a eleição, em 7 de outubro. Aguilar substituiu o candidato
do PDT, Wilson Gobetti, que teve a candidatura indeferida pelo TRE (Tribunal
Regional Eleitoral). A campanha começou em 21 de setembro.
“Estou fazendo 20 eventos por dia para superar essa
restrição. A gente sempre acredita. Vou priorizar a saúde, o funcionalismo
público e o desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Hospital. Antônio
Carlos, 55 anos, rebate as críticas dos adversários e diz que manterá o roteiro
de investimentos para priorizar a saúde em um eventual segundo mandato.
Entre as propostas, está à reestruturação da atenção básica,
a luta pela implantação de um hospital estadual no Litoral Norte e a criação do
Centro de Apoio à Mulher e à Criança.
“O hospital é indispensável para o futuro da região,
permitindo tratamento de média e alta complexidade, áreas que temos problemas
hoje”, disse.
Na educação, ele
defende a construção de mais centros de educação infantil, espécie de creche
com foco na aprendizagem das crianças.
“E vamos evitar o crescimento desordenado trazendo
empreendimentos para quem ganha de 0 a 3 salários mínimos”, afirmou.
População. Para o
vereador Omar Kazon, 54 anos, a cidade padece de falta de infraestrutura básica
para atender à população, problema que pretende resolver.
“Há muita coisa na cidade, em termos de equipamentos, mas
pouco para a população, como vagas em escolas, creches e moradias”, disse.
Democracia.
Pregando uma reestruturação completa na administração municipal, o arquiteto
Antonio Rodolfo Fernandes, 44 anos, quer dar transparência à gestão convocando
a participação popular.
“Sem a corrupção, vai sobrar dinheiro para construir
unidades de saúde, escolas e casas para os mais pobres.”
Os candidatos
Antonio Carlos (PSDB)
Atual prefeito de Caraguá, Antônio Carlos tenta a reeleição
se apoiando numa plataforma de desenvolvimento sustentável aliada a promessas
de investimentos em saúde. Ele disse que vai continuar a reestruturar a atenção
básica no município.
Aguilar (PDT)
Principal concorrente do atual prefeito, Aguilar tenta
driblar o pouco tempo de campanha (entrou no lugar do candidato Wilson Gobetti,
cuja candidatura foi indeferida, em 21 de setembro), com propostas e críticas à
gestão do tucano. Segundo ele, os funcionários municipais estão insatisfeitos.
Ex-prefeito, ele mira na saúde como foco do plano de governo.
Kazon (PR)
Em seu quarto mandato como vereador, Omar Kazon quer se
tornar prefeito para “usar os benefícios da cidade em favor da população”. Ele
considera a saúde em Caraguá “uma calamidade” e promete abrir centros de
especialidade.
Fernandes (PT)
Rodolfo Fernandes mira em uma “democratização da
administração pública” para conquistar o eleitor. Uma das metas de campanha é
adotar o orçamento participativo na cidade para dar “transparência” à gestão do
orçamento e “zerar a corrupção”.
Fonte: Ovale/Xandu Alves
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