Antonio Carlos Júnior, vice de Antonio Carlos-PSDB; Rodrigo Alksnins, vice de Wilson Gobetti-PDT; Francisco Conceição, vice de Rodolfo Fernandes-PT; e Valmir de Moraes, vice de Omar Kazon-PR |
Vice é vice e vice não é
nada. Será?
A história mostra que não é
bem assim. Muitos vices de cargos Executivos tiveram participação ativa na
história do país e mesmo de nossa cidade.
Na história recentemente,
José Alencar, vice de Lulla, ganhava espaço na mídia quando cobrava a queda dos
juros no Brasil. Ele não concebia a ideia de “crescer” com juros altos. Era crítico
do próprio governo. Autêntico. Um vice que incomodava, que dava sua opinião sem
temores. Um vice que não tinha rabo-preso com ninguém.
O episódio que envolveu José
Sarney foi ainda mais emblemático e mostra que vice não é apenas vice. Muito ao
contrário.
Eleito ao lado de Tancredo
Neves na primeira eleição para presidente da República, depois de um jejum
determinado pelos sucessivos governos militares, Sarney foi chamado a conduzir
os destinos do país num momento traumático: o presidente Tancredo morreu antes
de tomar posse. Ou “morreram” com ele, sei lá – ninguém conta essa história
direito.
Sarney, o vice que virou Presidente
da República e governou por uma mandato presidencial inteiro. E Tancredo, o que
foi aclamado Presidente da República sem nunca ter sido, numa espécie de viúva
Porcina da política – aquela que foi, sem nunca ter sido.
Caraguá experimentou um
episódio parecido.
Tendo tomado posse como
prefeito em 1º de janeiro de 1989, José Bourabeby foi apeado do cargo de prefeito
quando teve seu mandato cassado pelos vereadores. José Dias, o vice, tomou
posse em 17 de março de 1992 e completou o mandato, que se encerrou em 31 de
dezembro daquele ano. Teve a caneta de prefeito nas mãos e tempo de sobra para
usá-la, ao seu talante.
Hoje, quando falam em
eleições municipais, lembram-se somente do candidato a prefeito. Esquecem-se da
importância que tem o vice com ele registrado, como aquele a ser chamado a
assumir o poder nos casos de licenças e impedimento do titular, e a sucedê-lo em
caso de vacância do cargo por morte, cassação, perda do mandato ou renúncia.
Vice é importante, sim. O vice
é muito importante.
É por isso que o Caraguablog resolveu mostrar aos
eleitores os candidatos a vice-prefeito nestas eleições de 2012.
Esqueçamos de vez essa
falácia de que vice é vice, e que vice não é nada.
A nossa história mostra que
não é bem assim...
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