quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eleição em Caraguá: em primeira mão, os VICES...

Antonio Carlos Júnior, vice de Antonio Carlos-PSDB; Rodrigo Alksnins, vice de Wilson Gobetti-PDT; Francisco Conceição, vice de Rodolfo Fernandes-PT; e Valmir de Moraes, vice de Omar Kazon-PR
Vice é vice, e vice não é nada. Assim dizia o programa humorístico da TV, que ainda deve reverberar pelo nosso inconsciente, fazendo-nos crer que essa balela tem algum fundo de verdade.

Vice é vice e vice não é nada. Será?

A história mostra que não é bem assim. Muitos vices de cargos Executivos tiveram participação ativa na história do país e mesmo de nossa cidade.

Na história recentemente, José Alencar, vice de Lulla, ganhava espaço na mídia quando cobrava a queda dos juros no Brasil. Ele não concebia a ideia de “crescer” com juros altos. Era crítico do próprio governo. Autêntico. Um vice que incomodava, que dava sua opinião sem temores. Um vice que não tinha rabo-preso com ninguém.

O episódio que envolveu José Sarney foi ainda mais emblemático e mostra que vice não é apenas vice. Muito ao contrário.

Eleito ao lado de Tancredo Neves na primeira eleição para presidente da República, depois de um jejum determinado pelos sucessivos governos militares, Sarney foi chamado a conduzir os destinos do país num momento traumático: o presidente Tancredo morreu antes de tomar posse. Ou “morreram” com ele, sei lá – ninguém conta essa história direito.

Sarney, o vice que virou Presidente da República e governou por uma mandato presidencial inteiro. E Tancredo, o que foi aclamado Presidente da República sem nunca ter sido, numa espécie de viúva Porcina da política – aquela que foi, sem nunca ter sido.

Caraguá experimentou um episódio parecido.

Tendo tomado posse como prefeito em 1º de janeiro de 1989, José Bourabeby foi apeado do cargo de prefeito quando teve seu mandato cassado pelos vereadores. José Dias, o vice, tomou posse em 17 de março de 1992 e completou o mandato, que se encerrou em 31 de dezembro daquele ano. Teve a caneta de prefeito nas mãos e tempo de sobra para usá-la, ao seu talante.

Hoje, quando falam em eleições municipais, lembram-se somente do candidato a prefeito. Esquecem-se da importância que tem o vice com ele registrado, como aquele a ser chamado a assumir o poder nos casos de licenças e impedimento do titular, e a sucedê-lo em caso de vacância do cargo por morte, cassação, perda do mandato ou renúncia.

Vice é importante, sim. O vice é muito importante.

É por isso que o Caraguablog resolveu mostrar aos eleitores os candidatos a vice-prefeito nestas eleições de 2012.

Esqueçamos de vez essa falácia de que vice é vice, e que vice não é nada.

A nossa história mostra que não é bem assim...

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