sábado, 23 de junho de 2012

Língua não tem osso -- antes, tivesse...

Decididamente, a língua não tem osso. Se tivesse, não deitariam tanta falação por aí, a torto e a direito, principalmente neste período que antecede as eleições municipais.

É tanta fofoca, é tanto diz-que-diz, é tanto boato, que se chega a duvidar de tudo que se tem como certo e até da fidelidade de amigos íntimos.

Volta e meia, dizem que a ficha limpa pegou este ou aquele candidato. Geralmente, os grandões, os manda-chuvas. E juram que a informação veio do fórum, do cartório eleitoral, só para dar "credibilidade" ao falatório. E tem quem acredita e "repassa" a notícia inocentemente. Outros, o fazem de má-fé mesmo, conhecendo já os "atributos" do informante.

Até Aguilar decidir não ser mais candidato, foi uma avalanche de informações desencontradas. A propósito: Aguilar não será mesmo candidato? Quem disse isso? Ele? Ora, vocês não conhecem o Aguilar. É estrategista de berço, como todo bom mineiro. Só depois das convenções de seu partido, que só acontecerá no último dia possível, dia 30, é que se terá a certeza de que desistiu ou não.

E o prefeito Antonio Carlos? Já falaram mais de cinquenta mil vezes que não vai poder sair candidato à reeleição por causa da ficha limpa. Como seus possíveis sucessores já desfilaram nomes como ACJúnior, doutor Marcelo Ugatti, Wilney Cardoso, Paulo Noronha, o dono do shopping Serramar, Gilson Mendes, Neto Bota. Até a Gislaine do Fabinho já apareceu como vice de um deles.

Essa conversa já enjoou. Por isso, aguardar serenamente o resultado das convenções é mínimo que se tem a fazer para não se entupir com tantas informações desconexas. Não falta muito. No dia 30 deste mês -- faltam só nove diazinhos! -- tudo estará definido.

E depois, os boatos continuarão, é verdade. Mas, desta vez, só a respeito da ficha limpa, pois os nomes sufragados como candidatos a prefeito e vereadores pelos partidos deverão ser registrados na Justiça Eleitoral.

Aí, vai ser um tal de "a justiça impugnou essa candidatura", "aquela outra", vão recorrer disso, daquilo. O falatório desenfreado vai continuar até o dia da posse. 

Lembram-se do que aconteceu nas eleições passadas? Antonio Carlos estava quase no meio do seu mandato e os boatos de cassação do seu diploma continuavam, até que a justiça pôs uma pá de cal em cima.

De fato: essa gente não tem responsabilidade mesmo. Nem a língua, osso...

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