Um modelo matemático indicou que os municípios de Santos, Praia
Grande e São Vicente — região metropolitana da Baixada Santista e Litoral Norte
—, no Estado de São Paulo, seriam ideais
para a instalação de uma usina de reaproveitamento energético de lixo. Esse
modelo foi proposto no trabalho Modelagem matemática para localização ótima de
usinas de incineração com recuperação energética de resíduos sólidos domiciliares,
de Nadja Nara Lima Heiderich, realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.
Resíduos sólidos |
A destinação
correta do lixo passou a ser uma discussão corrente quando o governo federal
instituiu a lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que estabeleceu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos. Esta lei encarrega tanto setor público quanto
privado a esclarecer a finalidade que dão aos resíduos gerados.
Nesta
pesquisa, realizada entre 2009 e 2011, a economista criou quatro cenários para
determinar as cidades do litoral de São Paulo que seriam mais apropriadas para
comportar incineração do lixo. Foram submetidos ao modelo treze municípios,
como Santos, Peruíbe, São Vicente, Praia Grande e Caraguatatuba, entre outros.
A pesquisadora escolheu essa região metropolitana devido ao esgotamento da
capacidade dos seus aterros sanitários, além desta compor um plano em andamento
de instalação de usinas de reaproveitamento pelo governo do Estado.
Reaproveitamento
Inéditas no
Brasil, as usinas de reaproveitamento utilizam a energia liberada pela queima
do lixo para movimentar turbinas e produzir energia elétrica, o que implica num
aproveitamento ótimo do resíduo gerado, e diminui seu volume em até 90% do
inicial. Essa energia resultante poderia ser utilizada por indústrias vizinhas
ou consumo doméstico. Os gases emitidos por esta queima são tratados, o que
possibilita instalação das Unidades de Recuperação Energética (URE) inclusive
em centros urbanos.
Caraguablog/JFPr
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