sábado, 2 de abril de 2011

Transportadora do etanol nacional deve ser instalada em Caraguá ou São Sebastião

Para reduzir custos com o transporte rodoviário até os centros consumidores de etanol e diminuir o impacto ao meio ambiente, a Petrobras e empresas dos setores de construção civil e sucroalcooleiro anunciaram no início de março a criação da Logum. A empresa de logística será responsável pelo transporte do combustível nacional principalmente por dutos e hidrovias e pode ser instalada aqui no Litoral Norte.

“Temos como base reduzir o custo logístico dos nossos clientes, baixar a tarifa. Mesmo quem não for usar o sistema se beneficiará da queda do preço do frete”, afirmou o presidente da Logum, Alberto Guimarães.

Com investimento de R$ 6 bilhões previsto até 2020, o sistema multimodal, que também inclui transporte rodoviário para curtas distâncias, terá 1,3 mil quilômetros de extensão e atravessará 45 municípios, integrando os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso - os maiores produtores de etanol no país.
Com as licenças ambientais já emitidas, a previsão é transportar pelo menos 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano para a região do entorno de São Paulo e do Rio de Janeiro, quando todo o sistema estiver pronto, em 2020. De acordo com Alberto Guimarães, a nova empresa atenderá o mercado e não priorizará as companhias sócias do empreendimento. Para isso, a Logum terá a capacidade de atender o dobro da produção das participantes.

O local que servirá como central de administração e operação da Logum ainda não foi definido oficialmente, mas os executivos cogitam que seja em São Sebastião ou em Caraguatatuba. “Se exportássemos 5 milhões de metros cúbicos de etanol por ano como foi em 2008 [recorde] um terminal em Caraguatatuba já se justificava. Mas esse número não se repetiu mais”, afirmou Guimarães. “Não tenho dúvidas que o Brasil será um grande exportar de etanol, mas os investimentos são feitos em função da previsão de alta de vendas”, acrescentou.

Até o ano que vem, fica pronto o primeiro trecho do sistema, entre Paulínia e Ribeiro Preto, em São Paulo. O custo é de cerca de R$ 900 milhões. Para 2016, a previsão é de construir o último trecho do sistema até um dos terminais em São Paulo. Hoje, a maior parte do produto é levada até os terminais por meio de caminhões.
Fonte: jornal Imprensa Livre – 1º/04/11
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