domingo, 10 de abril de 2011

NOS CEM DIAS DE GOVERNO, DILMA ROUSSEFF DEIXA SUA MARCA

Política internacional e endurecimento na relação com as centrais sindicais pontuam a diferença da presidente com Lula
Eleita em outubro de 2010 com mais de 55 milhões de votos, Dilma Vana Rousseff tomou posse em 1º de janeiro como a primeira mulher presidente do Brasil, sob a expectativa de suceder Luiz Inácio Lula da Silva, que atingiu índices recordes de popularidade nos seus oito anos de governo.
A presidente Dilma Rousseff completa 100 dias no gabinete do terceiro andar do Planalto sem dar margem a dúvidas sobre a capacidade de controlar o próprio governo. Com palavras ríspidas em conversas reservadas e gestos sutis em público, ela aproveitou a "lua de mel" e a força de governante em início de mandato para enquadrar aliados, centrais sindicais e empresários e bloquear personalismos.
Num lance duplo, a presidente petista chegou ao centésimo dia do governo da primeira mulher presidente do País reforçando seu poder político e impondo a imagem de gestora. O pragmatismo, cultivado em um revezamento nos papéis de "técnica" e "articuladora", ajudou em parte a esconder o fato de que, à semelhança dos antecessores, seu governo distribui cargos com o mesmo viés fisiológico de sempre, porém sem embaraço - e essa distribuição está longe do fim.
Os primeiros 100 dias do governo Dilma Rousseff foram marcados por sinais claros de mudança de atitude da presidente em relação ao governo anterior, principalmente na agência da política internacional. Analistas ouvidos pelo Terra avaliam que a nova postura do governo brasileiro frente ao Irã e o endurecimento na relação com as centrais sindicais durante a definição do salário mínimo pontuam a diferença da petista com seu antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.
Em relação à política externa, Analistas afirmam que o governo federal teve uma postura firme com os Estados Unidos durante a visita do presidente Barack Obama, numa posição de "alinhamento que não é automático". "Dilma disse o que deveria ser dito, com elegância e firmeza, em especial no que tange às relações de comércio entre os dois países", avaliou o professor.
O professor afirma que as posições que a presidente adotará no encontro dos emergentes (Brics) e a visita à China devem delinear com mais clareza quais serão as atitudes da presidente na relação com os outros países.
·     Professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Roberto Romano.
Fontes: Terra/ BBC Brasil
AE - Agência Estado//Foto: Band
Caraguablog/JFPr

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