Recebemos de Cléverton Santana, aluno de Jornalismo do Módulo, a matéria abaixo sobre a violência contra a mulher. O texto é interessante e de qualidade, demonstrando que os nossos futuros jornalistas estão no caminho certo do aprendizado.
Violência contra a Mulher
Por Cléverton Santana
Aluno de Jornalismo do Módulo
O sonho de toda mulher é encontrar seu príncipe encantado. Constituir uma família, ser amada, respeitada e viver com dignidade. Mas infelizmente essa história não acontece para todas as mulheres. No mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, fomos até a Delegacia da Mulher de Caraguatatuba (DDMC) para conhecer de perto esse triste lado da realidade.
As agressões contra a mulher podem começar com ameaças, podendo chegar a estupro, lesões corporais, lesões morais (xingamentos, difamações) e até patrimoniais (quando na separação o ex-cônjuge fica com os bens materiais). Todos esses casos são previstos na Lei 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha.
Segundo a delegada dra. Josely Campos da Silva Almeida Araújo, em 2010 a DDMC registrou 1269 ocorrências, cerca de três casos por dia. O ano de 2011 mal começou e já existem 173 ocorrências registradas. Importante lembrar que em média, apenas 10% das agredidas procuram a Delegacia, 90% sofrem caladas. Cerca de 80% dos agressores são os companheiros, que mantêm uma união estável entre 3 meses a 30 anos; na maioria das vezes são alcoólatras, com idade variável entre 18 e 80 anos. Um dos principais motivos de agressão é o ciúme, conta Josely.
Quando a vítima chega até a Delegacia é aberto um Boletim de Ocorrência (BO) contra o agressor. Depois de aberto o BO, a vítima tem até seis meses após o ocorrido para representar o parceiro, ou seja, abrir um processo para que o mesmo responda e possa chegar a ser condenado.
Dependendo do caso, a vítima é encaminhada à assistente social e membro do Conselho Municipal da Condição Feminina, Luiza Maria Rangel, que faz um estudo do caso e elabora ações para o bem-estar da vítima. “Em alguns casos, com o apoio da prefeitura, encaminhamos a vítima para outra cidade ou mesmo outro Estado para ficar longe do agressor”, diz Luiza.
A abertura de processos de separação e de pensão alimentícia contam com a parceria da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O ambulatório médico especializado (AME) presta todo atendimento e tratamento psicológico às vítimas; a secretaria municipal de Assistência Social, por meio do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas), encaminha as mulheres a programas sociais de geração de renda e oficinas de qualificação profissional.
Sobre o Conselho Municipal da Condição Feminina
O Conselho Municipal da Condição Feminina é um órgão vinculado à secretaria de Governo Municipal e tem como função propor políticas públicas que visem garantir os direitos da Mulher. Graças ao CMCF, a cidade de Caraguatatuba possui hoje o IML (Instituto Médico Legal). O novo passo agora é a construção de uma Casa de Apoio para as vítimas de agressão.
As reuniões do conselho são abertas ao público e acontecem toda primeira quarta-feira do mês, às 16h30min, na secretaria de Assistência Social, localizada na av. Bahia, 845, Indaiá. Mais informações sobre o Conselho podem ser obtidas pelo telefone (12) 3897-7070.
Serviço
Denúncias de agressões contra as Mulheres podem ser feitas através do disque-denúncia da Policia Civil 197, lembrando que não é preciso se identificar.
Cléverton Santana
O Blog de Caraguá - k
1 comentários:
Fico feliz com a publicação!!!
Felicidades e Sucesso !
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