“Não haverá hotel, nem
restaurante, a terra não está sendo vendida, o morro não é meu”, garante o
prefeito de Caraguá
Em seus primeiros posts, inaugurando
sua comunicação com os munícipes através do Facebook, o prefeito Antônio Carlos
da Silva, de Caraguá, abordou um tema considerado polêmico na cidade nesta
terça, 4 de agosto: a retirada de terra do Morro da Prainha (veja matériapublicada neste Blog em 24/jun/2015).
A retirada de terra do
Morro da Prainha chama à atenção pela grandiosidade do empreendimento e pelo
número de caminhões que transitam carregando terras. Muitos questionam o
destino desse material, se estaria sendo colocado em áreas públicas ou mesmo
sendo vendido a terceiros, se esse procedimento seria legal, se o preço cobrado
seria justo; se não estariam acontecendo injunções políticas etc. Comentam até sobre
o destino a ser dado ao local depois do término dos serviços, se seria
construído um hotel e outras coisas mais que a inventividade descompromissada
permite especular.
Na época, o Caraguablog abordou o assunto depois de
consultar o setor de comunicações da prefeitura e esclareceu à população que a
prefeitura apenas retificava do morro, já que ameaçava deslizar em alguns
pontos pela ação da erosão, o que colocava em risco a segurança dos moradores
do entorno e transeuntes.
A determinação para a ação
da prefeitura teria partido do Ministério Público, depois que de os
proprietários da área mostrarem-se indiferentes acerca da solução dos problemas
apontados. A prefeitura inclusive baixou decreto desapropriando a área atingida
pelo processo erosivo como forma de legitimar a intervenção pública no local.
Depois disso, a notícia do
anúncio da intenção de venda do restante do morro pelo proprietário pôs ainda
mais lenha na fogueira, despertando comentários ainda mais contundentes acerca
da situação, alguns completamente descabidos e outros nem tanto, mas sempre
palpites instigadores (veja matéria do anúncio da venda).
Diante de tantos
comentários, o prefeito Antônio Carlos decidiu vir a público para pessoalmente esclarecer
a respeito do assunto. Começou dizendo que o morro não é dele, desmentindo
boatos neste sentido, e que a terra retirada está sendo usada em áreas dos programas habitacionais como “Minha Casa Minha
Vida”, praças, creches, escolas e infraestruturas públicas. Portanto, não estaria
existindo venda da terra, cujo volume é estimado em 896 mil metros cúbicos.
O prefeito
ainda acrescentou que não há projeto de construção de restaurante no local, nem
hotel, revelando ter solicitado, sim, à sua equipe de arquitetos que elaborasse
um projeto para a implantação de um mirante no local, com recuperação da
vegetação e o plantio de árvores nativas. “A vista lá do morro é linda! E o
acesso ainda é mais fácil do que o próprio Morro Santo Antônio, o que facilita
a visita de idosos, crianças e pessoas com deficiência”, garantiu.
O prefeito Antônio
Carlos diz ter certeza que este projeto que está desenvolvendo será de grande
receptividade. “Quero dividir este sonho, de um novo ponto turístico com você,
porque eu tenho certeza que valorizará ainda mais a nossa cidade e o turismo da
região”, disse, finalizando o seu post.
A íntegra da fala do
prefeito no Facebook
“Muitos sabem
que estou entrando aos poucos no mundo virtual. Quem me conhece, sabe que o
único telefone que eu usava era tão antigo, que nem mais fabricado era. Servia
para ligações e olhe lá.
Bom, entrei na
era dos tais smartphones, descobri o Whatsapp e, agora, o Facebook. Aprendi que
em redes sociais, não mandamos mensagens e sim post. Maravilhado com tanta
novidade, usarei esta mídia para falar diretamente com você. Sem
intermediários. Só eu e você.
E o meu
primeiro post será para esclarecer sobre o Morro da Prainha. Quero que você
saiba, por mim, que lá não terá restaurante, não haverá hotel, eu não sou dono
do morro e a terra que está sendo retirada, não está sendo vendida. O que
estamos fazendo é a sua recuperação. Pura e simplesmente.
Tudo aconteceu
quando, em 2010, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) constatou uma
enorme fenda que poderia se transformar numa grande tragédia para aqueles que
vivem e transitam próximo ao morro. Diante disso, o IPT apresentou um relatório
dos riscos à Prefeitura, que acionou os proprietários, que foram omissos. Foi
aí, devido aos riscos apontados, o Ministério Público cobrou da Prefeitura que
assumiu, em decreto, os serviços.
Mas, quando
foi iniciada a recuperação do morro, após obter as autorizações e pareceres ambientais
dos órgãos competentes, vimos que será necessária a retirada de 896 mil metros
cúbicos de terra, que estão sendo utilizados em áreas dos programas
habitacionais como “Minha Casa Minha Vida”, praças, creches, escolas e outras
infraestruturas públicas, ou seja, e quero salientar mais uma vez, a terra não
está sendo vendida.
Descobrimos
também uma Caraguá ainda mais bonita e é isso que eu quero dividir com você. A
vista lá do morro é linda! E o acesso ainda mais fácil do que o próprio Morro
Santo Antônio, o que facilita a visita de idosos, crianças e pessoas com
deficiência.
Com isto,
reunimos nossos melhores arquitetos para desenvolver um elemento turístico para
todos nós. Um mirante natural único, com uma vista esplendorosa, foi pensado
com muito carinho, meu amigo, e de total interesse público.
A vegetação
também será recuperada, com a plantação de árvores nativas.
Tenho certeza,
meu amigo, que este projeto que estamos cuidadosamente desenvolvendo será de
grande receptividade. E quero dividir este sonho, de um novo ponto turístico
com você, porque eu tenho certeza que valorizará ainda mais a nossa cidade e o
turismo da região.
Diante disso, gostaria de pedir a sua compreensão e colaboração e
me coloco a disposição para outros esclarecimentos. Um forte abraço.”
Veja mais a respeito do
assunto:
1 comentários:
Oi moro no bairro rio do ouro gostaria de saber sobre as casas que estão querendo tira se o prefeito fez algo ele disse que ia ver e até agora nada
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