quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Prefeito de Caraguá fala sobre escavações no Morro da Prainha


“Não haverá hotel, nem restaurante, a terra não está sendo vendida, o morro não é meu”, garante o prefeito de Caraguá

Em seus primeiros posts, inaugurando sua comunicação com os munícipes através do Facebook, o prefeito Antônio Carlos da Silva, de Caraguá, abordou um tema considerado polêmico na cidade nesta terça, 4 de agosto: a retirada de terra do Morro da Prainha (veja matériapublicada neste Blog em 24/jun/2015).

A retirada de terra do Morro da Prainha chama à atenção pela grandiosidade do empreendimento e pelo número de caminhões que transitam carregando terras. Muitos questionam o destino desse material, se estaria sendo colocado em áreas públicas ou mesmo sendo vendido a terceiros, se esse procedimento seria legal, se o preço cobrado seria justo; se não estariam acontecendo injunções políticas etc. Comentam até sobre o destino a ser dado ao local depois do término dos serviços, se seria construído um hotel e outras coisas mais que a inventividade descompromissada permite especular.

Na época, o Caraguablog abordou o assunto depois de consultar o setor de comunicações da prefeitura e esclareceu à população que a prefeitura apenas retificava do morro, já que ameaçava deslizar em alguns pontos pela ação da erosão, o que colocava em risco a segurança dos moradores do entorno e transeuntes.

A determinação para a ação da prefeitura teria partido do Ministério Público, depois que de os proprietários da área mostrarem-se indiferentes acerca da solução dos problemas apontados. A prefeitura inclusive baixou decreto desapropriando a área atingida pelo processo erosivo como forma de legitimar a intervenção pública no local.

Depois disso, a notícia do anúncio da intenção de venda do restante do morro pelo proprietário pôs ainda mais lenha na fogueira, despertando comentários ainda mais contundentes acerca da situação, alguns completamente descabidos e outros nem tanto, mas sempre palpites instigadores (veja matéria do anúncio da venda).

Diante de tantos comentários, o prefeito Antônio Carlos decidiu vir a público para pessoalmente esclarecer a respeito do assunto. Começou dizendo que o morro não é dele, desmentindo boatos neste sentido, e que a terra retirada está sendo usada em áreas dos programas habitacionais como “Minha Casa Minha Vida”, praças, creches, escolas e infraestruturas públicas. Portanto, não estaria existindo venda da terra, cujo volume é estimado em 896 mil metros cúbicos.
O prefeito ainda acrescentou que não há projeto de construção de restaurante no local, nem hotel, revelando ter solicitado, sim, à sua equipe de arquitetos que elaborasse um projeto para a implantação de um mirante no local, com recuperação da vegetação e o plantio de árvores nativas. “A vista lá do morro é linda! E o acesso ainda é mais fácil do que o próprio Morro Santo Antônio, o que facilita a visita de idosos, crianças e pessoas com deficiência”, garantiu.

O prefeito Antônio Carlos diz ter certeza que este projeto que está desenvolvendo será de grande receptividade. “Quero dividir este sonho, de um novo ponto turístico com você, porque eu tenho certeza que valorizará ainda mais a nossa cidade e o turismo da região”, disse, finalizando o seu post.

A íntegra da fala do prefeito no Facebook

“Muitos sabem que estou entrando aos poucos no mundo virtual. Quem me conhece, sabe que o único telefone que eu usava era tão antigo, que nem mais fabricado era. Servia para ligações e olhe lá.

Bom, entrei na era dos tais smartphones, descobri o Whatsapp e, agora, o Facebook. Aprendi que em redes sociais, não mandamos mensagens e sim post. Maravilhado com tanta novidade, usarei esta mídia para falar diretamente com você. Sem intermediários. Só eu e você.

E o meu primeiro post será para esclarecer sobre o Morro da Prainha. Quero que você saiba, por mim, que lá não terá restaurante, não haverá hotel, eu não sou dono do morro e a terra que está sendo retirada, não está sendo vendida. O que estamos fazendo é a sua recuperação. Pura e simplesmente.

Tudo aconteceu quando, em 2010, o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) constatou uma enorme fenda que poderia se transformar numa grande tragédia para aqueles que vivem e transitam próximo ao morro. Diante disso, o IPT apresentou um relatório dos riscos à Prefeitura, que acionou os proprietários, que foram omissos. Foi aí, devido aos riscos apontados, o Ministério Público cobrou da Prefeitura que assumiu, em decreto, os serviços.

Mas, quando foi iniciada a recuperação do morro, após obter as autorizações e pareceres ambientais dos órgãos competentes, vimos que será necessária a retirada de 896 mil metros cúbicos de terra, que estão sendo utilizados em áreas dos programas habitacionais como “Minha Casa Minha Vida”, praças, creches, escolas e outras infraestruturas públicas, ou seja, e quero salientar mais uma vez, a terra não está sendo vendida.

Descobrimos também uma Caraguá ainda mais bonita e é isso que eu quero dividir com você. A vista lá do morro é linda! E o acesso ainda mais fácil do que o próprio Morro Santo Antônio, o que facilita a visita de idosos, crianças e pessoas com deficiência.

Com isto, reunimos nossos melhores arquitetos para desenvolver um elemento turístico para todos nós. Um mirante natural único, com uma vista esplendorosa, foi pensado com muito carinho, meu amigo, e de total interesse público.

A vegetação também será recuperada, com a plantação de árvores nativas.

Tenho certeza, meu amigo, que este projeto que estamos cuidadosamente desenvolvendo será de grande receptividade. E quero dividir este sonho, de um novo ponto turístico com você, porque eu tenho certeza que valorizará ainda mais a nossa cidade e o turismo da região.

Diante disso, gostaria de pedir a sua compreensão e colaboração e me coloco a disposição para outros esclarecimentos. Um forte abraço.”


Veja mais a respeito do assunto:


1 comentários:

Anônimo disse...

Oi moro no bairro rio do ouro gostaria de saber sobre as casas que estão querendo tira se o prefeito fez algo ele disse que ia ver e até agora nada