terça-feira, 16 de junho de 2015

Energia solar no Brasil é uma grande mentira, afirma jornalista

A abordagem sobre energia solar feita pelo jornalista César Jumana, do jornal Noroeste News, de Caraguá, edição de 7 de maio de 2015, nos leva a uma reflexão acerca do tema. Ele é bastante preciso quando afirma que esse tipo de energia em nosso país não passa de uma grande mentira. O Caraguablog pede licença para reproduzir aqui o seu inconformismo. Confira...


De Cara Limpa
por CESAR vieira bisetto - cesar@noroestenews.com.br

Energia Solar no Brasil é uma grande mentira

A energia solar se caracteriza como inesgotável - e é considerada uma alternativa energética muito promissora para enfrentar os desafios da expansão da oferta de energia com menor impacto ambiental.

As aplicações práticas da energia solar podem ser divididas em dois grupos: energia solar fotovoltaica, processo de aproveitamento da energia solar para conversão direta em energia elétrica, utilizando os painéis fotovoltaicos e a energia térmica (coletores planos e concentradores) relacionada basicamente aos sistemas de aquecimento de água, hoje já implantados em residências do Programa Minha Casa Minha Vida do governo federal.

As vantagens da energia solar ficam evidentes, quando os custos ambientais de extração, geração, transmissão, distribuição e uso final de fontes fósseis de energia são comparadas à geração por fontes renováveis, como elas são classificadas.

Conforme dados do relatório "Um Banho de Sol para o Brasil" do Instituto Vitae Civilis, o Brasil, por sua localização e extensão territorial, recebe energia solar da ordem de 1.013 MWh (mega Watt hora) anuais, o que corresponde a cerca de 50 mil vezes o seu consumo anual de eletricidade.

Seguindo a tendência do que acontece no mundo, o Brasil em 2012 através da Resolução Normativa nº 482 de 17 de abril, da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), estabeleceu as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração de energia elétrica, no sistema de compensação de consumo.

Em outras palavras qualquer residência ou comércio podem investir na produção de energia elétrica fotovoltaica fornecendo à distribuidora local seu excedente e a noite quando seu sistema não produz pela ausência do sol, receber de volta o que forneceu. No papel isto é uma maravilha mas na prática é um grande engodo, senão vejamos.

Enquanto em outros Países existe incentivo e até mesmo subsídio para que se instale equipamentos de micro e mini geração de energia solar, no Brasil, nenhum estímulo é oferecido pelo governo. Não preciso falar que é muito mais rápido instalar o sistema em residências do que construir uma grande usina hidroelétrica, e que quando alguém investe em energia solar está colaborando para mitigar a falta de energia elétrica no Brasil.

O problema ainda se agrava quando os secretários de fazenda dos estados definem que ao receber de volta a energia que você gerou, colaborando e muito com seu País, ainda tenha que pagar ICMS sobre essa energia. É literalmente um roubo praticado pelo estado.

Mas não para por ai. Em uma rápida análise, quando você instalava um sistema desses em sua casa, era necessário colocar no projeto um equipamento eletrônico que sincroniza a energia que você produz com a rede elétrica local.

Esse equipamento conhecido por "inversor gride-tie" custa em média R$.10.000,00. Ou seja, um projeto completo para instalar a geração de energia fotovoltaica em uma residência que consome até 300 Kw mês é de aproximadamente R$.25.000,00.

Tendo em vista o valor gasto de luz nessa residência, a amortização do capital investido é de aproximadamente 8 anos.

Se levarmos em conta que o equipamento tem uma vida útil estimada de 25 anos, teoricamente você não irá pagar pela energia consumida por 17 anos o que torna o investimento muito interessante. Há quem diga que um imóvel com o equipamento instalado se valorize em 20% do seu valor de mercado. Mas também é verdade que poucas pessoas, sem incentivo do governo, terão condições de fazer esse investimento.

Com o desenvolvimento tecnológico criou-se em passado recente um "micro inversores gride-tie" e permitiu com isso que você possa ir instalando aos poucos a geração de energia em sua casa. Você pode colocar um painel de 250W/h e um micro inversor a um custo de aproximadamente R$1.800,00 e já iniciar sua pequena produção e aos poucos, ir adicionando novos painéis a medida de sua capacidade de investimento.

Esse micro-inversor foi comercializado no Brasil por R$600,00, sabe porque pararam de vender? Por que o Brasil atendendo a interesses não claros, não homologou o equipamento que é produzido nos Estados Unidos e na China e utilizado no mundo inteiro.


E para terminar, como eu já havia iniciado a instalação em minha casa da energia solar com esses micro inversores, tive que comprá-los em outro país. Um micro-inversor que eu paguei R$423,00 com o frete incluso tive que pagar para o governo brasileiro de impostos mais R$460,00. O Brasil é ou não é um País de ladrões?

0 comentários: