Não havia melhor forma de o
paulista Filipe Toledo coroar seu título na etapa carioca da Liga Mundial de Surfe
(WSL) do que com uma nota 10 na final deste domingo contra o australiano Bede
Durbidge. Surfando em casa, Filipinho não deu chances para o rival e comemorou
sua segunda conquista na temporada.
Campeão na abertura de 2015,
em Gold Coast, o surfista paulista não apenas conseguiu mais uma taça para a
coleção como também vai assumir a segunda colocação no ranking mundial,
deixando para trás o australiano Mick Fanning. Filipinho ficará atrás apenas do
compatriota Adriano de Souza, o Mineirinho.
Esta é a primeira vez na
história que dois brasileiros aparecem nas duas primeiras colocações do ranking
mundial de surfe, o que comprova a boa fase do país no circuito. A
"Brazilian Storm" vem se consolidando cada vez mais depois do título
de Gabriel Medina no ano passado.
Filipinho começou tirando um
4,50 na bateria final, na sequência conseguiu um 6,17 e em sua terceira onda
veio o tão festejado 10, que levou ao delírio o público que acompanhava o
brasileiro nas areias da Barra da Tijuca. Ele ainda teve um 8,33 e um 8,53 descartados,
uma vez que na nona tentativa tirou 9,87.
Além do título e da nota 10
na final, Filipe Toledo também alcançou a maior somatória de toda a etapa do
Rio de Janeiro, superando o norte-americano Kelly Slater, 11 vezes campeão
mundial, que logo na primeira rodada teve 19,27 contra 19,87 do brasileiro.
Do outro lado, Durbidge não
conseguiu fazer frente ao brasileiro e teve como maiores notas um 6,10 e um
7,60, ficando longe das notas conseguidas pelo rival.
Esta foi a segunda vez que o
australiano cruzou com Filipinho na temporada. Eles se enfrentaram nas quartas
de final em Gold Coast, onde o brasileiro teve mais dificuldade para superar
Durbidge e triunfou com diferença de apenas 1,11 no somatório das notas.
"Não tem sensação
melhor. A semana foi abençoada. Tudo deu muito certo e tudo foi muito bom. A
energia da praia foi uma motivação para mim. Posso dizer que a etapa foi
perfeita, mas não apenas por ter sido o único surfista a tirar duas notas 10
aqui. Também pelo trabalho que os brasileiros fizeram – eles mandaram muito,
são muito bons, e a gente está fazendo um trabalho muito bom. Foi uma etapa
perfeita", comemorou Filipinho,
Guilherme Costa/ Do UOL
Foto: WSL/Daniel Smorigo
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