A rodovia dos Tamoios,
principal acesso ao litoral norte de São Paulo, deve começar o próximo ano em
obras. O governo estadual homologou a licitação que vai conceder a rodovia ao
consórcio privado Litoral Norte, da Queiroz Galvão. A assinatura do contrato está
prevista para dezembro, após atraso de dois meses causado por uma ação judicial
movida por uma concorrente da licitação.
A Justiça arquivou o caso.
Segundo a Artesp (Agência de Transportes de São Paulo), logo após a assinatura
do contrato terão início os trabalhos na rodovia, que devem começar pela troca
de dispositivos de segurança, correção de buracos e melhora da sinalização.
Pelo contrato da PPP (parceria público-privada), a concessionária irá instalar
três pedágios na Tamoios a partir de 2016.
Para começar a cobrar as
tarifas, porém, terá que concluir essas e outras intervenções. A principal obra
a ser feita na rodovia é a duplicação do trecho de serra, entre o km 60 e o km
82. A obra prevê 12,6 quilômetros de túneis e 2,5 quilômetros de viadutos. Serão
cinco túneis, um deles de 3.675 metros, o maior do país.
A nova pista, construída no
sentido litoral-planalto, será reversível: poderá ter a mão de direção
invertida em caso de alta demanda de tráfego, como já ocorre nas rodovias
Anchieta e Imigrantes. O início dessa obra depende de licença ambiental de
instalação - processo que deve levar cerca de seis meses. A licença prévia já
foi obtida pelo governo. A estimativa é que a obra seja finalizada em 2019, ao
custo de R$ 2,9 bilhões - dos quais R$ 2,2 sairão dos cofres públicos. A
concessionária irá aplicar outro R$ 1 bilhão ao longo dos 30 anos da concessão.
PEDÁGIOS: As praças de
pedágio ficarão no trecho de planalto (km 15,7 e km 56,6) e no contorno de
Caraguatatuba. Os preços serão de R$ 2,80, R$ 4,90 e R$ 1,90, respectivamente,
cobrados nos dois sentidos. Os valores poderão ser corrigidos até o início da
cobrança. A Artesp diz que só haverá cobrança a partir do segundo ano de
contrato, condicionada a conclusão dos serviços previstos no programa inicial
de obras e também a conclusão de ao menos 6% da duplicação do trecho de serra.
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