Com essa derrapada de Antonio
Carlos, que ia mas não foi, muitos vereadores enfim mostraram pretensões
certamente guardadas dentro do peito. Pretensões de se tornar o burgomestre da
comuna caraguatatubense.
Ouviu-se dizer nos meios
políticos que já havia vereador fazendo dobradinha com colega de vereança, com
a certeza absoluta de que iriam abiscoitar a prefeitura de Caraguá, ainda que
se tratasse de mandato curto, de cerca de dois anos e meio. Estariam já sondando amigos e simpatizantes visando angariar “fundos” para custear a candidatura.
Depois, nas eleições de 2016, seria só caprichar na
campanha que a reeleição estaria garantida. Contavam também com o apoio dos
colegas, comerciantes e principalmente investidores, desses a quem não importa o
candidato, que sempre ajudam e apresentam a fatura depois.
Elogiável a atitude do
presidente da Câmara de Caraguá. Não foi com muita sede ao pote, embora
naturamente fosse o sucessor. Preferiu a cautela e, como ele mesmo disse, ouvir
da boca do próprio Antonio Carlos a certeza da renúncia, para, somente a partir
daí, tomar as providências de seu dever e eventualmente posar de candidato.
A certeza da saída do prefeito nunca existiu. A
renúncia, anunciada como uma bomba, logo se transformou na promessa de uma renúncia que só aconteceria depois de três meses, com transição entre o atual e
o novo prefeito – inicialmente, o presidente da Câmara; depois, o escolhido nas
urnas.
A cidade, que se quedara
estarrecida com a notícia, numa espécie de quase-pânico, logo se refez do
susto. A nova informação dava conta de que o prefeito não mais deixaria o mandato; que ele ouvira, enfim, correligionários, amigos e seus assessores. E mudara
de opinião. Não, sem antes cobrar a ajuda de todos que pudessem fazê-lo,
principalmente de autoridades políticas, segundo comentam.
Os que aplaudiam a saída, se
calaram. Os que lamentavam, voltaram a sorrir. É assim que acontece com figuras
polêmicas como a do prefeito de Caraguá, mercê, principalmente, de atitudes
arrojadas, apreciáveis em homens de decisão e realizadores.
O 4 de abril de 2014 entra
para a história de Caraguatatuba como o Dia do Blefe. O dia em que o prefeito
Antonio Carlos da Silva, agora Antonio O Blefador, disse que ia renunciar e não
o fez, pelo bem da cidade de Caraguatatuba e sua população.
Luiz Antonio de Godoi
Por e-mail
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