O que é sucesso para você?
Eis um assunto de
subjetividade sem tamanho, pois o sucesso chega das mais variadas formas e em
tempos totalmente distintos. O que é para um pode não ser para outro.
Pela própria natureza
feminina, que se coloca muito mais exigente e com um crivo infinitamente
crítico, esse sucesso pode passar por um processo mais moroso para ser
atingido, em virtude de seus padrões de qualidade.
E é justamente nesse ponto
que quero tocar para afirmar categoricamente o quanto as mulheres já nascem bem
sucedidas, mas deixam para perceber, às vezes, tardiamente.
Normalmente se atribui êxito
à mulher quando alcança um bom emprego, de preferência de destaque e que prove
sua superioridade e capacidade de superação em relação a certos machismos do
mercado de trabalho. Sempre que uma mulher atinge um cargo de alto escalão em
uma empresa, se torna motivo de matérias e de comentários. Parece que foi algo
inusitado o que aconteceu. Por quê? Por ser uma mulher? Se fosse um homem seria
normal?
E realmente têm de ser
passíveis de comentários positivos, sim. Porque claramente, demonstram que
competência independe de sexo (sem qualquer conotação dúbia). Além disso, nós
homens, somos obrigados a nos render à realidade da superioridade feminina, se
avaliarmos suas múltiplas atividades diárias, incluindo a profissional.
Não quero sob hipótese alguma
estabelecer aqui mais uma batalha da tão chata e velha “guerra dos sexos”, que
vira e volta ressurge das cinzas. O que quero propor é a reflexão sobre a
importância absoluta da mulher em todos os setores.
Há ainda aquela velha
história de que sucesso tem a ver também com conquista de um bom partido, um
bom casamento, a melhor escolha. E, por vezes, ao assumirem essa máxima como
realidade, acabam deixando passar grandes amores que perdem espaço por não
serem o protótipo do homem ideal, segundo os padrões (ou padrões?) impostos
pela sociedade. O pior é que muitos príncipes tendem a virar sapos em um curto espaço
de tempo e faz cair por terra tal afirmação.
Ainda assim, para alcançar
mais essa, a mulher passa a se preocupar ao longo da vida com o corpo perfeito,
malhação, cabelos, unhas, pele, dentes, sorriso, comportamento, entre tantas
outras coisas que muitas vezes ultrapassam o limite da possibilidade e se
transformam em neuroses absurdas e ainda sugere uma competitividade
desnecessária entre as mulheres.
E mais, após ter obtido tal
conquista ela ainda se vê ás voltas com a necessidade de se manter assim, mesmo
tendo que assumir um sem número de outras responsabilidades, porque, afinal,
sempre disseram que ela tem de estar sempre bem e bonita. Como se não fossem,
caso não estivessem com os quilinhos a mais e etc.
Um momento em que se sente
plena absoluta é quando chega à maternidade, com a possibilidade concedida
somente à mulher de gerar uma nova vida que em boa parte, dependerá dela. E
aqui, onde está a dúvida sobre o sucesso permanente do espécime feminino?
Na realidade, só há um
momento em que a mulher demonstra menor poder. É quando se permite esquecer que
qualquer êxito está na essência de sua feminilidade, que o resto é passageiro,
sem importância e jamais deveria direcionar suas ações e atitudes.
Tudo isso é sucesso? A quem
considera que sim, a que preço? De novo, vamos relembrar que estamos diante de
subjetividade e a felicidade pode ser motivo de sobra para se comemorar
vitórias, dia após dia, por toda uma vida.
Volto, então, a afirmar o
quanto o sucesso é parte integrante da mulher em todos os estágios de sua vida.
Não há porque ficar perseguindo uma vitória que já é sua, um sucesso absoluto,
hoje e sempre.
Clovis Rotth ministra
palestras, cursos, treinamentos e presta consultoria nas áreas de Marketing e
Vendas há 15 anos. (fonte: agência GenteCom - Caraguá)
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