Internado desde o último dia 9 no Hospital Samaritano do
Rio, com um quadro de insuficiência cardíaca, o jornalista Maurício Azêdo,
presidente da Associação Brasileira de Imprensa, morreu às 18h desta
sexta-feira (25), vítima de uma parada cardíaca, aos 79 anos.
Carioca nascido no bairro de Laranjeiras (zona sul), em 27
de setembro de 1934, Oscar Maurício de Lima Azêdo se diplomou em direito em
1960. Dois anos antes, havia começado a trabalhar profissionalmente como
jornalista, no "Jornal do Commercio".
Exerceu diversas funções --repórter, redator, cronista,
editor-- ao longo de sua carreira, passando por publicações como "Diário
Carioca", "Jornal do Brasil", "Última Hora",
"Manchete" e a Folha.
Militante comunista, foi filiado ao extinto PCB e colaborou
em jornais alternativos de resistência à ditadura, como "Opinião" e
"Movimento". Foi preso e torturado pelos militares em 1976.
Posteriormente, filou-se ao PDT e foi eleito vereador três
vezes (1983, 1989 e 1993).
Tornou-se conselheiro do Tribunal de Contas do Município em
1999, sendo aposentado compulsoriamente em 2004, por limite de idade.
Neste mesmo ano, foi eleito pela primeira vez para a
presidência da ABI, e esteve à frente da associação desde então.
Sua terceira e mais recente reeleição, em abril passado, foi
marcada por uma polêmica: a chapa do candidato da oposição, Domingos Meireles,
teve a candidatura impugnada e questionou a eleição na Justiça.
O jornalista era casado com Marilka Costa Lannes, com quem
teve uma filha; tinha ainda dois outros filhos de um casamento anterior.
Seu corpo será velado a partir das 8h de sábado, no Memorial
do Carmo, no Caju (zona portuária do Rio). O enterro está marcado para às 16h,
no cemitério São Francisco Xavier, também no Caju.
O governador do Rio, Sérgio Cabral, emitiu uma nota de pesar
e decretou luto de três dias no Estado.
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