quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Estudantes entrevistam moradores sobre a catástrofe de 67

Alunos do 7º ano da Emef Profª Edna Maria Nogueira Ferraz (Perequê Mirim) participaram nesta sexta-feira (25/10/2013), na secretaria de Educação, de um encontro com moradores antigos de Caraguá, que vivenciaram a Catástrofe de 1967, ocorrida no município.

Estudantes, professores e convidados assistiram ao vídeo “Caraguá da Catástrofe ao Progresso”, que conta parte da história da tragédia.

A professora aposentada Jupyra Dias Campos, 78 anos, presenciou a tromba d’água que deixou um rastro de destruição e mortes. “Era professora da rede estadual e o que mais me marcou foi um aluno de 9 anos que perdi nessa tragédia. Ele sentava na primeira carteira na sala de aula”, disse.

Morador do Porto Novo, Pedro Paes Sobrinho, 77 anos, falou que viu muita gente apenas com a roupa do corpo molhada e rasgada. “A cidade ficou tomada de árvores e galhos arrancados. Tirei minha mãe com o auxílio de um barco, pois a água havia subido um metro e meio dentro de casa. Resgatei muita gente e transportei para locais seguros”.

Elpídio Moreira da Silva, 65 anos, auxiliar de serviços gerais na Emei/Emef Bernardo Ferreira Louzada (Rio do Ouro), disse que sua maior emoção, foi encontrar o pai vivo, coberto de lama. “Quando a chuva diminuiu fui procurar meu pai. Achei ele no chão, cheio de barro, mas vivo. Meu irmão reencontrei dois dias depois do temporal”.


A professora Tatiana Figueira, responsável pelo projeto “Se me lembro bem...”, disse que o diálogo foi produtivo. “O encontro proporcionou subsídios para trabalharmos o gênero memórias literárias nas aulas de Português e também o resgate de histórias contadas por pessoas que viveram aquele momento”.

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