Com
maioria no Legislativo, indicar o presidente da Câmara fica fácil para o
prefeito
Feita
a conferência dos votos obtidos nas eleições de domingo, que consagrou a
vitória de Antonio Carlos da Silva e seu filho, Antonio Carlos da Silva Júnior,
conferindo-lhe mais quatro anos de mandato à frente do Executivo de
Caraguatatuba, a discussão agora gira em torno da eleição da Mesa Diretora da
Câmara Municipal.
Composta
por Neto Bota – 1984 votos; Aurimar Mansano – 1904 votos; Baduca Filho – 1739
votos; Celso Pereira – 1478 votos; Tato Aguilar – 1246 votos; Júlio Alves –
1193 votos; Loro Castilho – 1153 votos; Pedro Ivo – 1115 votos; Vilma Teixeira
– 1089 votos; Lobinho – 1071 votos; Nenzão – 876 votos; Carlinhos da Farmácia –
816 votos; Lelau – 722 votos; Chininha – 689 votos; Ceará da Adega – 423 votos,
a Câmara Municipal de Caraguatatuba apresenta oito novos vereadores, dos quais
apenas dois possuem experiência legislativa anterior, restando seis deles sem
quaisquer vícios políticos.
Dos
vereadores eleitos, nove concorreram ao lado de Antonio Carlos, que são Neto
Bota, Aurimar, Celso Pereira, Júlio Alves, Vilma Teixeira, Lobinho, Nenzão,
Carlinhos da Farmácia e Chininha. O prefeito, no entanto, contabiliza em sua
base aliada ainda os vereadores Baduquinha e Pedro Ivo. Assim, em tese, a
oposição à nova administração conta com quatro vereadores, Tato Aguilar, Loro
Castilho, Lelau e Ceará da Adega.
Em
outras palavras, está fácil para o prefeito de Caraguá apontar e eleger o presidente
da Câmara que seja do seu agrado. Ninguém nega a liderança política que o atual
prefeito exerce e a ascendência que possui sobre os vereadores que integram a
sua base. A indicação e o apoio do prefeito terão um peso preponderante neste
caso.
Pode
parecer que ainda é cedo para se discutir sobre a presidência da Câmara e sobre
os demais cargos da mesa diretora – vice-presidente, primeiro e segundo
secretários. Mas, não há dúvida que já foi dado o pontapé inicial para a caça
ao voto do vereador-debutante. Principalmente pelos vereadores já veteranos e
que acalentam o sonho de se tornar a autoridade maior dentro do Poder
Legislativo Municipal.
Há
vereadores eleitos que já estão correndo atrás dos companheiros, solicitando o
seu apoio para elegê-lo presidente da Câmara, mandando assinar no papel e tudo.
Contam, evidentemente, com o efeito-surpresa, pretendendo sair na frente e já
compromissando colegas ainda novatos, tornando difícil ou inviável uma
composição posterior.
De
qualquer forma, no entanto, será muito difícil que se encontre de afogadilho um
nome de consenso à revelia do prefeito reeleito. Antonio Carlos sabe como as coisas se
processam nos bastidores da política legislativa e certamente já deve ter
tomado suas precauções e orientado os vereadores que com ele foram eleitos para
os assédios que haveriam de enfrentar desde que seus nomes foram pronunciados
pelas urnas.
Portanto,
a voracidade com que se vai ao pote pode entornar o caldo. Talvez seja até
momento para se repetir as máximas, segundo a quais o apressado come cru e,
melhor ri, aquele que o faz por último.
Em
política, dois mais dois não resultam quatro. Muito pelo contrário...
Luís
Simões, de Caraguá
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