O deputado João Paulo Cunha, considerado culpado pelos crimes de
corrupção ativa, lavagem de dinheiro e peculato no caso do Mensalão, desistiu
de concorrer à prefeitura da cidade de Osasco-SP
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O julgamento do mensalão teve o primeiro impacto político nesta
sexta-feira com a renúncia do deputado João Paulo Cunha, que concorreria à
prefeitura da cidade de Osasco, em São Paulo, nas eleições municipais de
outubro.
A renúncia foi anunciada depois que a Corte Suprema declarou o
deputado culpado pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e
peculato, por nove votos a dois.
Cunha é um dos 37 acusados por financiamento ilegal de campanhas
políticas e subornos a deputados, crimes denunciados em 2005 durante o primeiro
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De 54 anos, natural de Caraguatatuba-SP, João Paulo Cunha, atual
deputado e presidente da Câmara na época dos escândalos, recebeu R$ 50 mil não
declarados. Ele pode ter o seu mandato de deputado cassado por seus pares em razão do julgamento. Mas a própria condenação já poderá implicar a perda imediata do cargo, sem necessidade de se instaurar processo formal de cassação.
Nesta sexta, a direção do PT de Osasco emitiu um comunicado no qual
"lamenta" a decisão de Cunha, que atribui a "uma longa reflexão
pessoal", e diz que foi tomada "em coerência com os princípios que
sobressaem em sua vida pública".
No entanto, fontes do partido admitiram que a decisão foi discutida em
inúmeras consultas políticas, nas quais, inclusive, participaram o próprio Lula
e o presidente do PT, Rui Falcão.
Fonte: exame.abril.com.br - Wilson Dias/Agência Brasil – editado pelo
Caraguablog
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