domingo, 17 de junho de 2012

Sem citar substâncias cancerígenas, Petrobras diz que UTGCA é ambientalmente viável


Imprensa Livre, 16/6/12
A Petrobrás enviou ao Imprensa Livre, nessa sexta-feira, uma nota de esclarecimento sobre matéria veiculada recentemente no jornal com o título “Ibama registra presença de substâncias cancerígenas próximas à UTGCA da Petrobras”.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais, em análise para a ampliação da unidade, foi registrada no entorno da usina “a presença de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), especialmente o benzo(a) pireno, que é reconhecidamente uma substancia carcinogênica”. No entanto, em nota, a Petrobrás minimizou os apontamentos do relatório e ressaltou que a UTGCA é ambientalmente viável.

“A Petrobras esclarece que a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (UTGCA) é uma unidade que tem como objetivo tratar e adequar o gás natural às especificações da Agência Nacional de Petróleo (ANP) e que, para licenciar a Unidade, a Petrobras elaborou um estudo de impacto ambiental, onde todos os possíveis efeitos da instalação da UTGCA foram avaliados, de forma que o empreendimento foi considerado ambientalmente viável pelo Ibama, que exigiu diversos programas de monitoramento ambiental, entre eles a medição da concentração de poluentes nas águas dos rios que passam pela UTGCA”, relatou a Assessoria de Imprensa da empresa, seguindo na justificativa de que a presença e o funcionamento da Unidade não têm causado qualquer dano ao meio ambiente do entorno.

“Acrescente-se que, desde janeiro de 2009, a Petrobras vem realizando esse monitoramento, não tendo sido identificada, até então, nenhuma alteração na qualidade das águas do Rio Camburu, citado na reportagem. Ainda assim, é importante lembrar que no período que a reportagem faz menção, a UTGCA ainda não havia iniciado sua operação”, ressalta a nota, admitindo enfim a presença de substâncias nocivas nos corpos hídricos da região, mas sugerindo a existência de outra fonte poluidora. “E mais, no parecer do Ibama, o texto continua afirmando que estes valores foram encontrados no rio antes de ele passar na UTCGA”, completou a nota da Petrobrás.

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