A cartilha trata dos direitos das mulheres, Lei Maria da
Penha, o ciclo da violência, formas de violência contra a mulher, delegacias
especializadas, atendimento de mulheres em situação de risco e telefones úteis,
entre tantos outros.
Para o presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D'Urso,
ainda existem obstáculos que atrapalham a eficácia da lei."As mulheres,
muitas vezes, não denunciam as agressões sofridas, portanto é grande a
subnotificação desse tipo de violência. Outro problema é que o Brasil carece de
delegacias especializadas, o que faz com que policiais não saibam como lidar
com os casos que chegam até eles e subestimem a importância da atuação
policial", ressaltou o presidente D'Urso.
A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Conselheira
Fabiola Marques, afirmou quer a intenção da cartilha é conscientizar. "Acreditamos
que a OAB SP pode conscientizar a sociedade a fim de que tais injustiças não
mais aconteçam, para que a mulher seja vista como um ser humano com direitos e
deveres, para que ela tenha opção de trabalhar fora de casa ou não, opção de
casar ou não, de ter filhos ou não, para que possamos construir uma sociedade
justa e feliz", afirmou Fabiola.
Segundo a secretária executiva da Comissão da Mulher
Advogada, Clarice D'Urso, "a maioria das mulheres ainda não conhece seus
Direitos. É por esta razão que, neste caso, é muito importante a mobilização de
toda a sociedade civil".
Os números da violência assustam: cerca de 300 mil processos
abertos, mais de 100 mil sentenças judiciais e 1.500 prisões em flagrante
depois da entrada em vigor da Lei Maria da Penha, como ficou conhecida a lei
11.340/2006.
Dados fornecidos pela Delegacia da Mulher do Estado de São
Paulo apontam que no perfil socioeconômico do agressor a renda média é de um a
dois salários mínimos vigente no país e a maior causa da violência é o uso
abusivo de álcool por parte dos agressores (32%); os agressores em sua grande
maioria são os próprios companheiros ou ex-companheiros, os motivos são 28%
fúteis, 20% por ciúme e 20% outrem; quanto à raça e à etnia 52% são brancas e
48% negras, e ao estado civil 40% são casadas, 20% separadas, 20% solteiras,
16% em união estável e 4% viúvas; em relação à descrição das agressões 36% são
físicas, 8% verbal, 8% ameaça e 48% outras.
Fonte: site da OAB-SP
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