domingo, 20 de novembro de 2011

A língua dos anjos...

Vivemos no século 21.

Apesar disso, a construção do pensamento humano, que permitiu o avanço das ciências e deu origem ao aparato tecnológico que temos hoje, não foi capaz de desenvolver valores que permitissem uma convivência harmoniosa e fraterna.

Na busca pelo bem-estar, o homem ainda distingue, aponta, negligencia, conceitua – pior: julga– outros da sua espécie, da forma como fazia há séculos.

A humanidade cresceu de maneira incompleta. O preconceito nas suas diferentes modalidades e o ódio que a ele induz provam isso e se constituem no grande mal a reprimir minorias.

Conviver com diferentes não significa assimilar ou assumir diferenças. Compreender e aceitá-los talvez sejam a receita para que o homem externe a humanidade que possui e encontre a buscada paz e o respeito mútuo no relacionamento com seus iguais.

Talvez o pensamento só não tenha chegado a esse grau de excelência pela rapidez com que as coisas sucederam, principalmente no século passado, marcado por duas grandes guerras motivadas por incontidas cargas de intolerância e ódio.

É preciso, todavia, alinharem-se os trilhos. O homem que foi capaz de superar obstáculos maiores ao longo da sua história certamente encontrará meios para transpor a barreira da intolerância, como fez com a barreira do som.

Tenha-se em conta que de nada adiantam leis criminalizando práticas preconceituosas, homofóbicas, racistas. Encher prisões ou aplicar punições severas somente fomentará ainda mais o ódio.

O que é preciso é investir no personagem principal dessa história, que é o próprio homem, e a palavra-chave é o amor. Um papel certamente reservado à Escola, aos Pais, à Família, à Igreja, tendo como pacientes alunos, crianças e adolescentes.

Só o amor constrói, altera, muda alguma coisa para melhor. Não há outro caminho. O mesmo amor que por vezes não escolhe sexo, com mais razão não conhecerá limites.
Caraguablog

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